sena
Ressocialização de detentos e ocupação do tempo ocioso. Essa é a proposta de uma parceria firmada entre o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e a empresa Casa do Seringueiro – Indústria de Beneficiamento de Castanha, ao instalar 20 máquinas de descascar castanha na Unidade Penitenciária Evaristo de Morais, em Sena Madureira.
Vinte presos do regime fechado já estão trabalhando na produção há dois meses. A intenção é que mais 25 máquinas sejam instaladas até semana que vem, empregando, em média, 45 detentos.
“Cresce a importância de adoção de políticas que efetivamente promovam a recuperação do detento no convívio social. Os apenados possuem o dever de trabalhar; contudo, o trabalho não era oferecido a eles. É um marco sem precedentes no âmbito da execução penal em Sena Madureira”, acredita a promotora de Justiça Patrícia Paula, idealizadora da proposta.
Os presos ganham R$ 2,00 por cada quilo produzido. Em média, são produzidos 25 quilos por dia, já que as castanhas já chegam ao presídio prontas para serem quebradas.
“Antes de serem entregues aos apenados, as castanhas passam por um tratamento de secagem, polimento e cozimento. Só então os agentes penitenciários pegam as castanhas e levam ao presídio”, explica o empresário da Casa do Seringueiro, Osmar Serafim Andrade.
Ainda segundo ele, a intenção é replicar a medida em outros presídios do Acre. “Você tem que colaborar com a ressocialização, porque, às vezes, o preso sai da cadeia pior do que entrou”.
