25 de abril de 2024

À procura do oásis

brunoporpetaBruno Porpetta

brunoporpetaO Brasil estreou na Copa América contra o Peru sob olhares atentos da torcida brasileira, mas em especial a do Flamengo. Afinal de contas, é o primeiro jogo de competição desde as vergonhosas sovas sofridas contra alemães e holandeses.

Do outro lado, a mais nova atração rubro-negra, Paolo Guerrero. Não foi preciso um olhar de especialista para saber que a seleção brasileira é Neymar e mais 10. Sem o craque, sabe-se lá o que será de nós.

O meio-campo brasileiro ainda lembra um deserto. A criação do time é força do acaso. A bola tem que chegar em Neymar de qualquer jeito, caso contrário, nada acontece. Estamos mais organizados defensivamente e David Luiz, apesar de continuar sendo uma peça de decoração, ao menos não se larga tresloucadamente ao ataque.

Se alguém diz que o grande mérito de um treinador é convencer a um zagueiro a jogar como zagueiro é, no mínimo, preocupante. Do Peru, propriamente, ninguém queria saber. Desde os Incas que o país tem pouquíssima expressão no futebol. Deveria ser mais um saco de pancadas para o Brasil.

E que ninguém venha com aquele papo de “não tem mais bobo no futebol”. Interessava, sim, ver Paolo Guerrero, o reforço do Flamengo para o Brasileirão, que deixou evidente que, sem um meio-campo que se preze para lhe servir, pouco vai fazer. É um excelente atacante, embora toda essa dinheirama que ele acha que vale é um tanto exagerada.

Não dá para imaginar que ele vá resolver os problemas ofensivos do Flamengo. No entanto, venderá camisas, pacotes de televisão, sócios-torcedores… E gols? Se pintar na área, ele guarda. Mas alguém tem que fazer pintar. O oásis no deserto que não faz falta só ao Flamengo, mas ao futebol brasileiro.

 

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