Secretário admite possíveis facções nos presídios e promete enfrentamento duro aos criminosos

Quando corta a cabeça da facção, nasce outra no lugar", frisou Emylson Farias/Foto: ContilNet

Quando corta a cabeça da facção, nasce outra no lugar”, frisou Emylson Farias/Foto: ContilNet

O secretário de Segurança Pública do Acre, Emylson Farias, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (6) para falar sobre as ações que as forças policiais tomarão contra ações criminosas desencadeadas em Rio Branco nas últimas horas.

O secretário anunciou uma série de medidas de natureza administrativa e judiciais para inibir ações criminosas como as realizadas durante a madrugada, que resultou no incêndio de seis veículos.

Emylson esteve acompanhado de outras autoridades da área, incluindo o superintendente em exercício da Polícia Federal no Acre, Flavio Avelar. A coletiva aconteceu horas depois de 4 ônibus e 2 veículos de passeio terem sido incendiados.

De acordo com informações de pessoas ligadas à área da Segurança, e que não quiserem se identificar, os atentados foram em represália ao assassinato de dois assaltantes na tarde de segunda-feira (5).

Admitindo que os incêndios a veículos durante a madrugada pode ter sido um recado de líderes criminosos por conta do assassinato dos assaltantes, Emylson ressaltou que o Estado não se curvará diante das forças criminosas, mas atuará apenas dentro da lei.

“O Estado de maneira nenhuma se curvará diante da criminalidade. Iremos combater, mas sempre respeitando o princípio da legalidade”, ressaltou.

Com discurso vazio, Farias se recusou a dar detalhes de como será feito o enfrentamento aos criminosos que supostamente lideram facções criminosas que atuam dentro dos presídios do Acre”.

As forças policiais vão fazer um enfrentamento duro. A nossa missão é salvaguardar vidas e patrimônios”, frisou.

O secretário admitiu que o incêndio aos veículos pode ter sido uma ação orquestrada por supostas facções que atuam dentro do sistema penitenciário do Acre. Ao ser questionado se os mandantes seriam lideranças do chamado “Bonde dos 13”, o secretário foi evasivo na resposta.

“Saber quais as facções isto é o que menos interessa, o que é importante é identificar as lideranças”, disse.

Ele ressaltou que o Acre sempre lutou contra facções e crime organizado, mas que as organizações se reinventam.

“Em 2009 foram transferidos 29 criminosos daqui, mas estas facções sempre se rearticulam. Quando corta a cabeça, nasce outra no lugar”, frisou.

O secretário encerrou a coletiva afirmando que nos próximos dias haverá um efetivo policial maior nas ruas e que a Força Nacional pode ser chamada para garantir o reforço. Ele também afirmou que as policias realizaram na tarde desta terça-feira uma varredura dentro do presidio em busca de celulares e outros aparelhos eletrônicos.

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