18 de abril de 2024

Jorge Viana diz que crise política é alimentada pela oposição e piora situação econômica

"O senhor Eduardo Cunha hoje está sendo questionado por toda a sociedade, menos pela oposição", disse Viana

“O senhor Eduardo Cunha hoje está sendo questionado por toda a sociedade, menos pela oposição”, disse Viana

O senador Jorge Viana (PT-AC) afirmou em Plenário nesta terça-feira (13) que a crise política é alimentada pela oposição e está fazendo a crise econômica piorar. Para ele, parte da oposição está trabalhando para tirar a presidente Dilma Rousseff da Presidência da República “de qualquer maneira”.

— Boa parte da piora da economia do Brasil está vinculada à crise política que estamos vivendo. Qualquer pessoa com inteligência mediana sabe que um país continental como o nosso, vivendo o drama que está vivendo desde o fim da eleição do ano passado até hoje, afeta, é óbvio, a economia — disse.

O senador afirmou que a recente decisão do TCU, que rejeitou as contas presidenciais de 2014, é apenas um relatório e não significa julgamento algum. Jorge Viana declarou que o TCU é um órgão auxiliar do Poder Legislativo, cabendo exclusivamente ao Congresso o julgamento.

Ele também disse que o atual presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem a simpatia de oposicionistas, pois já se assumiu como adversário do governo do PT. Mesmo depois de graves denúncias contra Cunha, acrescentou o senador, boa parte da oposição ainda mantém seu apoio a Cunha com o único objetivo de promover o impeachment de Dilma Rousseff.

— O senhor Eduardo Cunha hoje está sendo questionado por toda a sociedade, menos pela oposição. O Supremo Tribunal Federal sentenciou: não vai haver essa artimanha de o presidente da Câmara não recepcionar o pedido de impeachment, a oposição recorrer ao Plenário e, por maioria simples, burlando a lei, desrespeitando a Constituição, abrir-se um processo de impeachment. É esse ponto que alguns, legitimamente, chamam de ‘golpe.’ Isso não está previsto na Constituição; quem está dizendo é o Supremo. Não é assim que funciona — afirmou Viana sobre as liminares de ministros do STF que suspenderam, nesta terça, a definição de Cunha sobre a tramitação de dos requerimentos de abertura de processo de impeachment.

Crime de responsabilidade

Em aparte, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que o maior responsável pelas crises política e econômica do país é o governo do PT. Para ele, o governo Dilma Rousseff optou por dar mais atenção à disputa eleitoral, deixando de lado medidas que poderiam ter minimizado os efeitos da crise econômica.

— Nós não aceitamos que a defesa das nossas instituições, a defesa do processo legal possa ser confundida com qualquer tentativa de golpe. Vejo aqui líderes importantes da situação hoje que, quando oposição, patrocinaram, por exemplo, o afastamento do presidente Collor. Era golpe? Não acho que era. O crime de responsabilidade é atestado pela unanimidade do Tribunal de Contas. Vamos continuar fazendo o nosso papel, defender a democracia e defender as instituições dos ataques que vêm sofrendo do governo do PT — disse Aécio.

O senador Paulo Rocha (PT-PA) acusou a oposição de usar “informações falsas” para atacar o governo Dilma. Como exemplo, ele citou a denúncia de que um filho do ex-presidente Lula teria participado de irregularidades. Para o senador, a oposição está usando métodos nesse embate político que podem colocar em risco a própria democracia brasileira.

“Provas cabais”

Já o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que já está comprovado que a presidente Dilma Rousseff descumpriu a lei orçamentária, o que, em seu entender, caracteriza crime de responsabilidade e é motivo suficiente para a abertura de um processo de impeachment.

Por sua vez, Lindbergh Farias (PT-RJ) disse não haver qualquer motivo concreto para que se peça o impeachment de Dilma.

— O PSDB está em conluio e está protegendo o deputado Eduardo Cunha, que é investigado, sim, como muitos daqui, como eu e muitos outros somos investigados. Só que, no caso do deputado Eduardo Cunha, surgiram provas cabais de desvio de recursos da Petrobras abastecendo contas pessoais na Suíça — disse.

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