Deixar adolescente experimentar álcool e cigarro é perigoso

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Ao permitir que o filho fume ou beba, os pais passam uma mensagem contrária à lei

“Minha filha experimentou bebidas alcoólicas do meu copo, a partir dos 14 anos. Em Natal ou outras festas, eu a deixava tomar um gole de espumante, vinho ou cerveja. Preferi que ela conhecesse o sabor dessas bebidas sob a minha supervisão, para que não fosse compelida a experimentar de forma errada ou exagerada com amigos. Hoje, ela não bebe bebidas alcoólicas nem em bares nem em festas. Não gosta sequer do cheiro”, conta a cobradora de banco Ana Lucia Paulo Vargas, 48.

A exemplo de Ana Lucia, muitos pais acreditam que permitir que o filho consuma bebidas alcoólicas ou fume dentro de casa desestimulará o uso na rua e o envolvimento com outras drogas. Isso porque a curiosidade pelo novo terá sido sanada. Com a filha da cobradora de banco, a estratégia funcionou. Porém, especialistas entrevistados pelo UOL dizem que esse não é o melhor caminho para incutir bons hábitos nos filhos.

O psiquiatra Montezuma Pimenta Ferreira, do Hospital Sírio-Libanês e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), afirma que deixar os jovens experimentarem bebidas e cigarro dentro de casa pode expô-los precocemente a substâncias nocivas.

“Quanto mais cedo a pessoa utiliza a droga, mais ela corre o risco de dependência”, diz.  De acordo com o psiquiatra, o perigo é ainda mais acentuado no caso do cigarro. “A maioria das pessoas que consome torna-se dependente da nicotina.”

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