Após mensagens ameaçadoras no WhatsApp, Rede pede abertura de inquérito contra Tião Viana

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Carlos Gomes (Rede)

A Rede Sustentabilidade protocolou na tarde desta segunda-feira (14) representação criminal e civel para que o Ministério Público Estadual (MPE) apure possíveis crimes cometidos pelo governador do Acre, Tião Viana (PT), no caso das mensagens enviadas de seu celular com ameaças de demissão a secretários e assessores de primeiro escalão que faltaram a evento político na última quarta-feira (9).

O porta-voz da Rede no Acre, Carlos Gomes, solicitou na peça jurídica, assinada pelo advogado Gabriel Santos, que seja aberto os inquéritos nas duas esferas para que seja averiguado se Viana cometeu abuso de autoridade e outros crimes contra a administração pública.

Para Carlos Gomes, as mensagens disparadas do celular de Viana não são condizentes com o cargo que ele ocupa. “A Rede entende que o teor da mensagem representa, no mínimo, uma prática questionável que precisa da devida investigação e atenção do MPE”, diz Gomes.

“Nós pedimos ao MPE que investigue possíveis práticas ilícitas praticadas por esses gestores, sobretudo, num momento de profunda crise em que o Estado brasileiro foi e continua sendo usado para os interesses nada republicanos. É preciso que as Instituições funcionem como preconiza o Estado Democrático de Direito, sem o uso indevido do cargo que se ocupa para intimidar agentes públicos”, afirma o advogado.

Gabriel Santos diz acreditar que possíveis práticas de coação para que servidores públicos compareçam a eventos políticos é absurda e deve ser combatida.

Entenda o caso

Na semana passada, o site “AC24horas” mostrou que mensagens que teriam sido disparadas do celular do governador Tião Viana a grupos no WhatsApp, formados por secretários de Estado, tinham conteúdo intimidador e de ameaça. O petista teria ficado insatisfeito com a pouca presença de seu secretariado em evento de apoio ao ex-presidente Lula, que contou com a participação do ex-ministro Gilberto Carvalho.

A chefe da Casa Civil, Márcia Regina, negou que o texto tenha sido mandado pelo governador, assumindo para si a responsabilidade. Ela disse ter acesso ao aparelho de Viana, e que costuma fazer o seu uso para se comunicar com os secretários.

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