20 de abril de 2024

Estudantes da Ufac e de outras instituições fazem o uso de maconha às margens de lago

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“É tranquilo, não temos policiais para nos repreender”, disse um usuário/Foto: Natan Peres

Não é de hoje e nem de exclusividade do Acre o uso de drogas dentro das universidades federais no país. Na Universidade Federal do Acre (Ufac), as proximidades do Restaurante Universitário (RU), o Parque Zoobotânico, o Bambuzal e o Coliseo sempre reuniram usuários de maconha.

Com a revitalização dos vários espaços da Ufac, o Lago das Capivaras se tornou um dos principais pontos de encontro dos moradores da capital que fazem uso de maconha. O público mais encontrado no lago são os estudantes da universidade, mas alunos de outras instituições e até mesmo pessoas da comunidade frequentam a Ufac para fumar um “beck” e admirar a beleza natural do local, que ganhou ainda mais vida com a instalação de luminárias verdes que realçam as árvores.

Eles afirmam que, com a revitalização do lago, aumentou a concentração do uso de maconha dentro da universidade/Foto: Natan Peres

Eles afirmam que, com a revitalização do lago, aumentou a concentração do uso de maconha dentro da universidade/Foto: Natan Peres

Os estudantes, Antônio*, 19, de Engenharia Civil e Lucas*, 18, de Direito, ambos da Uninorte, dizem que a beleza do lago e a tranquilidade para o uso de maconha dentro da Ufac os atraiu. Quando questionados se já haviam visitado a universidade antes da revitalização do lago, os dois responderam que não. “É tranquilo, não temos policiais para nos repreender e nos sentimos seguros contra possíveis meliantes”, explica o estudante de Direito.

Heleno*, 22, estudante de Engenharia Agronômica, também faz uso de maconha e visita o lago para consumir a droga. Assim como os acadêmicos da Uninorte, Heleno viu na beleza do espaço o principal atrativo. Ele diz que o usuário de maconha não quer fumar a erva em um lugar sujo e escondido. “Quem usa maconha gosta de fumar em um lugar bonito e o lago é o lugar ideal”, relata.

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Administração

A universidade reconhece o uso de drogas dentro da instituição. No entanto, o assessor especial da Reitoria, José Porfiro, reconhece que não há nenhuma estratégia de lidar com este tema, pois se trata de uma questão da sociedade e que existem leis para tratar com ela.

“Ninguém nunca discutiu uma forma de lidar com essa situação”, relata Porfiro. Ele explica ainda que a administração tem o entendimento que isso é uma questão social, existem meios legais para tratar deste assunto que não passam pela universidade, pois ela não tem instrumentos para impedir o uso de drogas dentro do campus. Sobre a proibição da ação da Polícia Militar na Ufac, Porfiro explica que a proibição da entrada da PM na universidade é apenas lenda.

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