Melquisedeque afirma que a revolta maior vem do fato de que foram convidados atletas de outros estados para realizar o revezamento
Considerado o quarto melhor meio-fundista (participante de prova de longa distância) no ranking da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) em 2014 e o 6º no ranking da América do Sul, o atleta Melquisedeque Alves, 17, afirmou à CONTILNET nesta quarta-feira (25) que está indignado por não terem permitido que ele participe do revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016 na passagem pelo Acre, que ocorrerá dia 21 de junho.
Melquisedeque afirma que a revolta maior vem do fato de que foram convidados atletas de outros estados para realizar o revezamento, e foram excluídos os atletas do Acre, até mesmo os de alto rendimento.
Aos 17 anos e no auge de sua carreira no atletismo, o jovem Melquisedeque teme que nunca mais tenha outra oportunidade de viver um momento ímpar como o do revezamento da Tocha. “É um sonho que todo atleta sonha, talvez nunca mais na vida exista outra oportunidade como esta. Triste saber que vem gente de fora do Acre para participar do revezamento”, protesta.
Melquisedeque é considerado um dos melhores meio-fundistas do Brasil
O atleta afirma que não considera como espírito olímpico descartar atletas em nome de profissionais de outras áreas e afirma que não poderá participar por não ser patrocinado por marcas que incentivam o evento.
“Eu procurei saber junto ao comitê [Olímpico] e me disseram que só pode quem tem patrocínio da Coca-Cola ou Nissan. Eu, apesar de ser um bom atleta, com destaque na minha área, tenho patrocínios locais como Miragina e óticas Diniz. Não acho justo isso. Vi que lá em Goiás quem carregou a Tocha foi uma dupla sertaneja, não que eu tenha nada contra eles, mas não acho justo eles se meterem em eventos esportivos, pois, quando tem evento cultural, atleta não se mete.”
Dos prêmios que Melquisedeque já trouxe para o Acre, está o Campeonato Brasileiro de Atletismo, conquistado em 2015. Na competição, ele levou o Troféu Norte e Nordeste.
