Grupos ligados ao PT e ao PCdoB eram maioria na audiência pública que discutiu a reformulação da Lei de Gestão Escolar, neste final de semana, em Cruzeiro do Sul.
Representantes da Secretaria de Educação do Acre deixam claro que segmentos do governo Tião Viana é contra a proposta que permite funcionários administrativos, com habilitação em nível superior, disputarem as eleições para diretor de escola. Esta proposta, aliás, foi construída pela gestão da professora Rosana Nascimento, presidente do Sinteac.
O governo também quer tirar do diretor de escola a autonomia de indicar o coordenador pedagógico – o agente responsável pela política educacional no estabelecimento de ensino. Na escola Craveiro Costa, onde a audiência acontecia, os professores estavam na sala de aula e os funcionários administrativos em seus setores.
No auditório da escola, havia diretores, gestores dos núcleos de educação e dirigentes partidários. “Isso é uma falta de respeito muito grande com os educadores. O governo libera os trabalhadores para recepcionar Lula e Dilma, mas não permite que eles participem de debates sobre seus direitos”, disse a presidente do sindicato, Rosana Nascimento.
“Os que organizam p evento trabalham na surdina para desmobilizar o Sinteac e articular apoio á chapa governista que disputará as eleições do sindicato em agosto”, denunciou
“Esta posição da SEE demonstra uma tentativa de intervenção branca na comunidade escolar”, protestou a sindicalista Márcia Lima, que representou o Sinteac na audiência.
“O governo desconstrói ideias já consolidadas com a comunidade escolar e encaminha um retrocesso sem precedentes. O conceito de gestão democrática está sendo frontalmente violado”, concluiu.
A organização das audiências é de responsabilidade da Comissão de Educação da Aleac, cujo presidente é o deputado Daniel Zen (PT). (Assessoria Sinteac)
