18 de abril de 2024

TRE do Amazonas julga segundo processo de cassação de José Melo

José Melo teria desviado R$ 1 milhão para comprar votos/Foto: Reprodução

José Melo teria desviado R$ 1 milhão para comprar votos/Foto: Reprodução

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amazonas deu início nesta semana ao julgamento do segundo pedido de cassação do governador José Melo (Pros). Após já ter sido cassado por compra de votos no início do ano, Melo pode voltar a ser condenado, desta vez por abuso de poder político e econômico. A ação, mais uma vez, foi impetrada pela coligação do segundo colocado nas eleições de 2014, o senador Eduardo Braga (PMDB).

Até o momento, quatro membros do TRE votaram pela cassação de Melo. O julgamento foi suspenso por pedido de vista pelo juiz Abraham Campos Peixoto. A previsão é que o processo retorne ao plenário na próxima semana. Das oito denúncias contra Melo, duas foram acatadas pelo relator, o desembargador João de Jesus Abdala Simões.

Entre elas está o uso de um programa odontológico do governo que teria sido criado às vésperas das eleições e usado para beneficiar a candidatura de Melo, o “Odontomóvel”. A acusação usou como prova um vídeo gravado em um conjunto habitacional de Manas –o Viver Melhor – no qual os servidores que faziam os atendimentos pediam votos para o governador.

Segundo o advogado de Melo, Yuri Dantas, o vídeo foi gravado de forma ilegal e teria sido montado pelos assessores de Eduardo Braga. Segundo Yuri, a denúncia não encontra consistência por as possíveis práticas não ter influenciado o resultado das eleições.

Outro fato denunciado e que já foi julgado pelo TRE é a compra de voto feita com recursos desviados de contrato para serviços de segurança durante a Copa em Manaus. Ao todo, teria sido desviado R$ 1 milhão para comprar votos.

Com o atual resultado, José Melo e seu vice Henrique Oliveira (SDD) estão tecnicamente cassados pela segunda vez. O governador espera análise de recurso da primeira cassação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral. Caso o TRE o condene novamente, uma nova eleição para governador no Amazonas pode ser realizada em 90 dias.

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