A Justiça Eleitoral poderá conceder liminar a qualquer momento e congelar as intervenções feitas pela suplente de deputada federal, Antônia Lúcia, no diretório municipal do Partido da República (PR) e outras siglas que estão sob seu comando, em Cruzeiro do Sul.
A queda de braço entre membros do PR, PTC, PSC, PEN e SD em Cruzeiro do Sul com a ex-deputada Antônia Lúcia começou no início deste mês, quando ela decidiu que os partidos não iriam fazer aliança com a chapa de Ilderley Cordeiro (PMDB), mas sim com o pré-candidato a prefeito Henrique Afonso, do PSDB.
Revoltados, os filiados e, principalmente, os pré-candidatos a vereador, assinaram um documento no dia 4 julho repudiando a união com os tucanos em Cruzeiro do Sul.
O documento, assinado por todos os presidentes dos partidos do grupo de Antônia Lúcia, mostrou o descontentamento das lideranças ligadas a ela no Juruá.
Os dirigentes partidários anexaram ao processo enviado ao TRE arquivos de áudio e vídeo onde a ex-deputada orientava seu partido a fechar apoio com Ilderley Cordeiro.
Neste fim de semana, os partidos ligados a Antônia Lúcia fizeram suas convenções baseados em uma ata assinada por membros dos diretórios municipais, que orientava a formação de uma aliança com Ilderley Cordeiro. O documento, lavrado em ata e assinado pelos membros do PR, PTC, PSC, PR, PEN e SD, dificilmente poderá ser revertido pelos advogados de Antônia Lúcia, afirmam juristas que atuam na área de legislação eleitoral.