Famílias acampadas no hall da Aleac são removidas após determinação judicial

Após determinação da juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública de Rio branco, Zenair Ferreira Bueno, as famílias que se encontravam acampadas no hall da Assembleia Legislativa do Acre precisaram desocupar o local.

Das seis famílias remanescentes, 5 delas são lideradas por mulheres e após a chegada de 11 policias em duas caminhonetes e uma viatura, resolveram então remover seus abrigos e reposicioná-los em frente ao Palácio Rio Branco.

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Famílias levaram seus pertences até a frente do Palácio Rio Branco /Foto: ContilNet

Nenhuma liderança política apareceu no local durante o ocorrido. Também não foi registrada a presença de nenhum representante dos Direitos Humanos.

Mães e crianças continuam em estado de abandono. A ocupação completaria três meses amanhã.

Rocha alertou sobre situação das famílias pela manhã

O deputado federal Major Rocha denunciou nesta segunda-feira, 22, na tribuna da Câmara Federal, a situação de seis famílias que residem há mais de 90 dias no hall da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).

Rocha esteve no último final de semana no Acre e visitou os desabrigados. Na oportunidade, o parlamentar conversou com as mães que residem de forma precária na entrada da “Casa do Povo” e gravou um vídeo a ser apresentado ao Ministério das Cidades.

“Eu já fui na Cidade do Povo e lá tem casas abandonadas, servindo para prostituição, isto dói no coração”, disse a desabrigada Rafisa, cadastrada no programa habitacional do Estado desde 2009.

Rocha

Deputado federal Rocha citou famílias em pronunciamento na Aleac na manhã desta segunda-feira (22) /Foto: Reprodução

Enquanto a entrega de casas na Cidade do Povo está suspensa, a Operação Lares investiga a venda criminosa de unidades habitacionais, que deveriam ser entregues à população de baixa renda, caso das mulheres que estão alojadas na Aleac.

“De acordo com denúncia do Ministério Público, pessoas ligadas ao Governo do Estado vendiam casas populares. A insensibilidade dos gestores que chegaram ao cúmulo de propor aluguel fiado de casa, para que estas famílias pagassem”, declarou Rocha.

Recentemente o Governo do Acre teve uma despesa aproximada de R$ 20 milhões com acomodação de imigrantes, “e agora este mesmo governo, que acolheu estrangeiros, que inclusive contou com nosso apoio, vira as costas para pessoas carentes, enquanto centenas de casas estão prontas”, disse o tucano.

“Estas famílias não podem ficar entregues ao abandono, enquanto há casas vazias nos residenciais Carandá, Cidade do Povo”.

Esclarecimentos do Governo

O pedido de reintegração não foi um pedido do governo do Estado e sim da Assembleia Legislativa. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) também pode trabalhar tanto pelo Legislativo quanto pelo Judiciário. A decisão judicial diz ainda que eles não podem ocupar nenhum outro espaço público. Uma equipe da Sehab está no local dialogando com as famílias para buscar soluções.

 

 

 

 

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Famílias acampadas no hall da Aleac são removidas após determinação judicial