24 de abril de 2024

Adolescente morre na maternidade Bárbara Heliodora 2 dias após parto; família diz que houve negligência

A adolescente morreu dois dias após o parto/Foto: Reprodução

A adolescente morreu dois dias após o parto/Foto: Reprodução

A jovem já havia recebido alta, uma ultrassom seria feita para que então a criança também fosse liberada. Segundo O namorado de Bruna, Valcimar Santos da Costa, os sintomas começaram no domingo (28) quando a adolescente desmaiou no banheiro. Após isso ela foi para o leito, começou a ficar roxa e se debater.

Foi nesse momento que chamaram o médico, mas o plantonista teria dito que não poderia atender. “Fizeram um novo chamado e ela foi encaminhada para a sala de emergência. Disseram que iriam colocar uma sonda, mas ela reclamou, disse que sentia uma dor forte no peito”, relata Valcimar.

O namorado relata ainda que o médico foi chamado novamente para que Bruna fosse encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas teria dito que estava fazendo outro atendimento.

“Não queriam me deixar entrar, falei que era pai do bebê e quando entrei perguntei o que tinha acontecido, ela só falou que tinha desmaiado, perguntou pelo filho e eu disse que estava bem. Perguntei aos atendentes se estava tudo bem e disseram que sim, que ela estava respirando normalmente. Depois me tiraram de lá e já não vi mais nada. Queria que saísse algum resultado, que resolvessem isso, acho que foi erro médico e negligência”, afirma.

A família decidiu registrar um boletim de ocorrência e alega que houve negligência no atendimento. Os familiares atestam ainda que Bruna morreu logo após inserirem uma sonda nela, momento em que teria ocorrido o suposto erro médico.

A direção da maternidade informou a um site local que ainda não foi notificada da queixa da família. Porém, destacou que no momento em que for avisada oficialmente, vai apresentar o histórico clínico do atendimento da paciente.

A unidade afirma também que a jovem recebeu toda a assistência necessária para a manutenção da vida dela e do bebê, que ao nascer foi imediatamente encaminhado à Unidade de Cuidados Intermediários (UCI).

O laudo entregue à família aponta que Bruna morreu após sofrer tromboembolismo pulmonar agudo devido à complicações puerperais agudas, uma espécie de hemorragia pós-parto.

A irmã de Bruna, Jandira da Silva, também acredita que houve erro médico, pois, segundo ela, ao fazer o atestado de óbito o médico teria dito que havia sangue coagulado pelo corpo dela, o que não era normal.

“Não era sangue do parto, foi uma hemorragia que deu, o sangue estava coagulado e entupiu as veias dela, por isso ela morreu. Como ele [médico] disse que não era normal e o pai do bebê dela relatou que estava ao lado dela quando disse que a sonda estava doendo, acredito que houve erro”, alega.

Ainda muito abalada com a morte da irmã, Jandira diz que quer Justiça e lamenta que os sobrinhos tenham ficado órfãos de mãe. “Queremos justiça, pois tantas mulheres vão ali desejando ser mãe e levar seu filho pra casa, mas agora nós vamos levar um órfão e o outro filho dela, de 1 ano e 7 meses, vai ficar sem mãe também. São tantos casos como esse ali no local e somos mais uma família para sofrer”, finaliza.

Com informações do G1/AC

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