Políticos acreanos divergem opiniões sobre julgamento do impeachment de Dilma Rousseff

Após o seu discurso, Dilma foi interrogada durante todo o dia pelos senadores. A presidente afastada respondeu 48 senadores em mais 13 horas de interrogatório. Nas redes sociais, parlamentares acreanos divergiram sobre o encaminhamento do processo e o resultado de um possível afastamento permanente da presidente petista.

Senador Sérgio Petecão

Senador Sérgio Petecão

O senador Sérgio Petecão, presente na plenária durante o julgamento, inicialmente gravou um vídeo citando a importância da decisão que seria tomada a partir dali. Horas após, foi até a tribuna para expor seus questionamentos a presidente afastada. Sem pestanejar, o parlamentar acreano questionou: “A senhora teria condições de dizer que pacto foi feito com diabo para chegar à esta reeleição?”

Já o senador Gladson Cameli, que acompanha o julgamento na plenária, disse em vídeo publicado que seria o cumprimento de um rito final do processo de impeachment. “Nós estamos aqui representando todos os Estados do Brasil, somos juízes desse processo tão doloroso. Nós queremos de uma vez por todas que esse processo seja finalizado e que esse país volte a crescer”.

Senador Gladson Cameli

Senador Gladson Cameli

Gladson será o primeiro discursar sobre o objeto de acusação na manhã desta terça-feira (30) e avisou que afirmará que: “Houve sim crime de responsabilidade”.

O deputado acreano major Rocha, se pronunciou favorável ao processo de impeachment através da rede social Facebook. Rocha publicou um vídeo no início da manhã no qual afirmou que a saída do PT do poder vai passar a limpo a política brasileira “Tudo aquilo que nós imaginávamos que acontecia nos bastidores do governo petista, foi se revelando ao longo dos tempos e hoje, mais do que nunca, o povo brasileiro merece que essa página seja virada. Merece um novo país”.

A base de Dilma

O Senador Jorge Viana questionou na noite de segunda-feira (29) no plenário do Senado a isenção dos demais senadores que votarão no processo de impeachment da presidente Dilma Roussef. Para o senador, o fato de ter sido permitido ao governo interino buscar apoio ao afastamento, macula a legalidade do processo.

Segundo o pronunciamento do senador, não houve tipificação de crime de responsabilidade, necessário para justificar o afastamento. Ele ainda disse esperar que o Brasil não rompa com a democracia, pois “todos nós queremos ser felizes e morar em um pais livre, mas não tem como isso acontecer se golpearmos a democracia hoje”.

Senador Jorge Viana

Senador Jorge Viana

“Que tribunal é esse onde os juízes são senadores? Os juízes são isentos como devem ser? Pode ela conseguir Justiça neste tribunal? Justiça é o que buscamos aqui, mas uma parte importante dos juízes é beneficiária do julgamento”, afirmou o senador Jorge Viana.

Já o  deputado estadual Daniel Zen (PT) usou a sua página oficial do Facebook para se pronunciar a favor da volta da presidente afastada. Em sua postagem, Zen disse acreditar que Dilma não cometeu nenhum crime. “Não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia condenação penal. São os princípios da legalidade em direito penal e da anterioridade da lei penal, contidos em um único brocardo latino.”

O deputado petista afirmou ainda que o impeachment trata-se de uma manobra parlamentar:“Sem crime de responsabilidade configurado, o Senado Federal se reuniu nesta segunda-feira (29) para os ritos finais de um jogo cujas cartas estão marcadas de há muito: uma manobra parlamentar, com apoio de setores obscuros do Judiciário, do Ministério Público e de expressiva parte da sociedade, embevecida pelo canto da sereia entoado pelos próceres da mídia familiar, tradicional e conservadora do país, sempre ávidos a manipular a opinião pública, para o lado que melhor lhes convier em cada momento.”

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