16 de abril de 2024

Roberta Spindel parte para MPB folk autoral

A cantora Roberta Spindel (Foto: Divulgação)

A cantora Roberta Spindel (Foto: Divulgação)

Foi com a bênção de Caetano Veloso que a cantora Roberta Spindel lançou, em 2011, seu primeiro disco, “Dentro do meu olhar”. Na época, foi considerada uma aposta do cantor, com quem gravou uma versão de “Como dois e dois”.

“Ele só avaliza o que realmente acredita. Está num patamar em que não precisa fazer o contrário”, diz Roberta ao G1. “Caetano está sempre mostrando alguém novo. Acho isso bonito. Temos grandes talentos no país, precisamos dar luz a essas pessoas.”

Cinco anos depois, ela parte para alçar voo sozinha. Enquanto no primeiro trabalho apresentou regravações de clássicos da MPB, com músicas de nomes como Gilberto Gil e Djavan, além de Caetano, agora se dedica às suas próprias composições.

No próximo dia 16, divulga o clipe do primeiro single autoral, “Fina flor”, que terá show de lançamento no dia 29 de setembro, no teatro Rival, no Rio. A partir de então, a ideia é apresentar uma música por mês, com vídeo, até colocar todas em um disco.

“Pedia músicas para muitos autores e eles me mandavam canções lindas, mas eu sentia que não era aquilo que eu queria. Precisava criar minhas próprias composições”, conta. “Até porque a minha voz é muito específica, preciso de músicas que tenham explosão, intensidade forte. No Brasil, não há tanto essa cultura.”

A cantora compôs, então, 20 canções até achar seu caminho: uma MPB pop, com misto de country e folk, que também colhe um pouco de rock. Os gêneros guiam o novo trabalho.

Estrela de musicais
Embora já cantasse profissionalmente antes, Roberta ganhou notoriedade com musicais no teatro. Participou de “Cazuza – Jogado aos teus pés” e o oficial da Disney no Brasil “A feliz árvore de Natal do Mickey”. Mas seu papel mais reconhecido foi o de uma nova-iorquina que queria a oportunidade de mostrar seu talento vocal em “Por uma noite – Um sonho nos bastidores da Broadway”.

Sua interpretação de “And I’m telling you, I’m not going”, que originalmente fez parte da trilha sonora de “Dreamgirls”, da Broadway, lhe rendeu o convite para gravar seu novo disco em Los Angeles (EUA).

Para Roberta, a experiência no teatro ajudou a aprimorar sua interpretação musical. “Me trouxe uma atenção maior para o que estou dizendo [nas músicas], para as cores que posso colocar na minha interpretação”, explica. “Costumo dizer que a arte é um bloco, que existe nas pessoas e elas potencializam para onde têm mais dom. A arte sempre se manifestou em mim de várias formas, mas a músical é vital.”

Refinada e popular
Roberta está inserida em um cenário em que o consumo de música, que se consolidou na internet, é mais pulverizado do que nunca. “Temos acesso a muitos trabalhos, mas eles não vêm com muita força. Conheço muita gente talentosa, que às vezes consegue um espaço médio, não aparece muito. Sinto falta dessa força”, avalia.

Sobre sua geração, também destaca a influência de “uma das melhores fases” da música pop – ela cita Adele e John Mayer entre suas referências, além dos brasileiros Caetano, Gil, Marcos Valle e Elis Regina. Afirma ainda não se preocupar em se encaixar em um rótulo de refinada ou popular.

“Chegar no simples, às vezes, é muito mais difícil do que no complexo. Gil faz muito isso. Tem uma produção complexa, mas consegue chegar em lugares simples, e é popular. Fazer o popular ser algo fino é incrível. Acho que é esse o caminho.”

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