Fernanda Lima na apresentação da terceira temporada de SuperStar à imprensa, em março
Encerrada no final de junho, a edição deste ano de SuperStar pode ter sido a última. Um grupo de profissionais da Globo trabalha atualmente na criação de um novo formato de reality show musical. A ideia é que o novo produto substitua o SuperStar, competição de bandas exibida desde 2014. Apresentado por Fernanda Lima, SuperStar é o reality show mais frágil da Globo, o de menor audiência, e ainda não está confirmado na programação de 2017.
Além do ibope, há um outro fato relevante: a Globo quer gastar menos dinheiro com royalties de formatos importados. E quer passar a ser exportadora de formatos. Para tanto, avaliam seus executivos, é preciso criá-los e testá-los, mesmo que não deem certo, como aconteceu no ano passado com o game-humorístico Tomara que Caia. O novo formato está sendo desenvolvido pelo fórum de reality shows, liderado por J.B. de Oliveira, o Boninho.
Em seus dois primeiros anos, SuperStar foi exibido após o Fantástico. Era uma “presa” fácil para Silvio Santos, que o vencia com frequência. Neste ano, a atração migrou para as tardes de domingo, no mesmo horário do bem-sucedido The Voice Kids.
Não deu muito certo. Na final, em 26 de junho, o reality de bandas rendeu apenas 9,5 pontos, contra 16,2 do derradeiro episódio da primeira temporada da competição de cantores mirins. Atualmente no mesmo horário, o game show Tamanho Família tem cravado entre 12 e 15 pontos.
A Globo ainda não bateu o martelo sobre o fim de SuperStar, cujo grande diferencial é o voto do público, via aplicativo de celular. O programa ainda é dúvida na grade de 2017, mas só perderá a vaga se o fórum de realities apresentar um novo formato que seduza os diretores.
