O Festival Pachamama apresenta neste domingo (20) películas da Argentina, Brasil e Colômbia, no Cine Recreio, e um espetáculo de teatro de rua, na Gameleira. Considerado um dos maiores eventos de cinema do Norte, a programação inclui 11 mostras construídas com 62 obras de 11 países latino-americanos. Como ato final, organização e público celebram a passagem do evento com a Pachafesta, no próximo sábado (26), na Usina de Arte.
“Tudo Começou pelo Fim” inicia as exibições deste domingo/ Fotos: Divulgação
A primeira exibição de hoje será de “Tudo Começou pelo Fim”, às 15h. O filme é um autorretrato do Grupo de Cali, também conhecido como Caliwood, que foi roteirizado, produzido, dirigido e editado por Luis Opina, um dos integrantes originais. Em meio à rumba e ao caos histórico dos anos 1970 e 1980, a equipe de cinéfilos conseguiu produzir um repertório cinematográfico que já é parte essencial da história do cinema colombiano.
Mais tarde, às 18h, o pernambucano Luiz Carlos Vasconcelos, que viveu o médico Dráuzio Varela em “Carandiru”, encarna o personagem Palhaço Xuxu, criado em 1978, na peça “Silêncio Total, Vem Chegando um Palhaço”. Vasconcelos é uma das personalidades que será homenageada na sétima edição do Pachamama. A cerimônia ocorre após o espetáculo, no Cine Recreio. Ou seja, basta atravessar a rua para acompanhar o tributo.
O personagem Palhaço Xuxu foi criado em 1978, na peça “Silêncio Total, Vem Chegando um Palhaço”
De volta à telona, é a vez de “Deserto”, às 19h, marcando a estreia de Guilherme Weber na direção de cinema – o ator interpretou Benny na minissérie “Queridos Amigos”. Inspirado no livro “Santa Maria do Circo”, do mexicano David Toscana, o enredo acompanha uma trupe de artistas castigada pelo sertão. Depois de fundarem uma comunidade em uma cidade aparentemente perfeita, abandonada, as relações se transformam e novas demandas surgem.
Por fim, às 21h, a Mostra Competitiva de Longas traz “As Ruas”, de María Aparicio. Em Porto Pirâmides, na Patagônia Argentina, uma professora da única escola da região desenvolve um projeto para que os alunos nomeiem as ruas ainda sem denominação. Entrevistando a comunidade, os jovens descobrem histórias e, em paralelo, aprendem sobre a importância do mar, da pesca, do trabalho rural e de outros temas essenciais à memória identitária.
“As Ruas” se passa em Porto Pirâmides, na Patagônia (Argentina)
Com programação gratuita, o Festival Pachamama é executado coletivamente pelo governo do Acre, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM), Saci Filmes, Yaneramai Films e Ministério da Cultura (MinC). O evento recebe patrocínio do Banco da Amazônia e apoio do Cineclube Opiniões, Mistika, Cinema das Ideias, Canal Brasil, Jornal Opinião, Best Western Plus e da prefeitura de Rio Branco. Mais informações em Cinema de Fronteira.
