“Para fincarmos a bandeira em nossas conquistas precisamos que nossa voz ecoe”, diz advogada

SOMOS ROSAS

Apesar do mês natalino, este último mês do ano trouxe à memória das Mulheres Advogadas a comemoração de seu dia, no último dia 15 e ainda fecharam o ano de 2016 instituído pelo Conselho Federal da OAB como o Ano da Mulher Advogada, com a aprovação pela OAB-Acre do Plano de valorização da mulher Advogada.

Importantes avanços foram conquistados no decorrer do ano, notadamente a alteração do Novo Código de Processo Civil que concede as mulheres advogadas grávidas e lactantes a suspensão de prazos processuais e antecipação de sustentação oral e de atos processuais que possam ser antecipados. No sistema da OAB, o fortalecimento da mulher tem evoluído com o aumento da participação feminina nos Conselho Federal e órgãos de direção. E finalmente uma mulher foi escolhida para receber a mais alta honraria da advocacia – a medalha Rui Barbosa.

O empoderamento da advocacia feminina é uma realidade. Entretanto, as conquistas precisam ser mantidas para que a voz não se retraia no tempo.

Iniciando a observação que a Assembleia Legislativa conta com maioria formada por homens. Sorte a nossa que ali contamos com parlamentares identificados com nossas reivindicações. Mas em verdade, nossa Casa Maior traduz o que tem sido a presença das mulheres no Parlamento – uma minoria que não somos, mas que ali se representa-. A mesma situação se verifica nas outras Casas Legislativas e porque não dizer, em todas as esferas.

Duas mulheres irão assumir os mais altos cargos da área jurídica do Estado – a presidência do Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública Estadual. Essa representatividade precisa se estender e ser ampliada através do voto para não se repetir a redução de mulheres no Parlamento, como aconteceu na última eleição ao parlamento mirim.

Para fincarmos a bandeira em nossas conquistas precisamos que nossa voz ecoe, e como fazê-lo se não conseguimos sentar ao lado do homem na Casa das Leis? Ressalto ainda que a nossa voz encontra-se sendo cortada por alguns segmentos da sociedade que procuram banir e tratar nossas conquistas com revezes pejorativos e tentam reduzir a mulher a insignificância que não possui.

Não podemos recuar

Vamos entender que um País que já teve seu momento máximo com a eleição de uma mulher presidenta, e longe de qualquer situação ou de preferência partidária, mas a relevância da representatividade de uma mulher ocupar o lugar que parece ter sido feito para homens tamanho raizado contra as mudanças de gênero no poderio.

Então, mulheres, Deus nos concedeu o maior poder – o de ser mãe- vamos segurar nossas conquistas. O ideal de liberdade e igualdade é uma luta contínua, afinal, somos completas como uma rosa.

Socorro Rodrigues é advogada e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-AC

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“Para fincarmos a bandeira em nossas conquistas precisamos que nossa voz ecoe”, diz advogada