“Herança petista precisa ser varrida do Acre para o desenvolvimento se iniciar”, diz Bittar

Bittar ressaltou que, apesar da boa experiência tida enquanto deputado federal, não pretende mais disputar cargos eleições proporcionais /Foto: ContilNet

Com a experiência de quem já foi deputado estadual e federal, tendo inclusive sido primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara Federal e gerindo um orçamento maior que o do Acre, Marcio Bittar concedeu uma entrevista à ContilNet na manhã desta quarta-feira (11), na qual tratou de assuntos relativos ao Estado e ao próprio futuro político.

Bittar ressaltou que, apesar da boa experiência tida enquanto deputado federal, não pretende mais disputar cargos em eleições proporcionais, mas que pretende disputar algum cargo majoritário, com foco principal na vaga para o Senado.

Sobre a situação atual vivida pelo Acre, o político disse ser uma herança maldita do petismo impedir o progresso, com o Estado necessitando de gestores sérios e com valores morais, que tenham um passado ilibado ser analisado pelo eleitor.

Veja a seguir os principais pontos da entrevista.

O destino em 2018

Eu fui deputado federal, um cargo pelo qual tenho muito carinho, mas isso para mim é passado. Respeito quem é ou pretende ser parlamentar, mas eu não pretendo mais disputar as eleições proporcionais. Hoje o meu foco é disputar algum cargo majoritário, principalmente o senado em uma chapa com a oposição unida. Mas não descarto disputar o governo, conforme forem as tratativas, mas tudo vai depender das conversações.

Como estarão as discussões

Entendo estar o sucesso das eleições no fato de respeitar o momento de cada um dos possíveis candidatos e isso significa não excluir previamente nenhum nome. Ou seja, respeitar o nome melhor avaliado no momento, sem imposições. Apesar de preferir disputar o senado, não descarto uma eleição ao governo dentro daquilo debatido no grupo e em uma chapa única. Se isso for respeitado, estou pronto para o embate.

O momento preocupante no Acre

Há tempos venho chamando a atenção para a questão da violência. Isso vem desde quando fui deputado federal e, nas últimas campanhas, nas quais sempre alertei sobre o crescimento dos grupos organizados nos presídios acreanos e o governo petista nunca deu bola. Para conter esse crescimento da violência é preciso um movimento amplo para federalizar o combate desses grupos de crime organizado, pois ultrapassam e não respeitam divisas, inclusive as internacionais.

Uma saída para a violência

Ainda sobre o tema violência, entendo que o Estado precisa cuidar da segurança como uma coisa séria e unificar esforços com países e estados vizinhos. Além disso, os crimes hediondos precisam de penas mais duras e cumprimento em regime de isolamento, separando-os dos praticantes de crimes menores. Não se pode juntar os bandidos perigosos e violentos com os outros, pois se ficarem juntos, estaremos institucionalizando a ‘universidade do crime’.

O combate ao crime organizado

Hoje quem manda no Acre é o crime organizado, pois são eles que definem quem sai às ruas, onde se pode ir e até quem vive ou morre. Mas isso precisa de uma mudança, de leis e de comportamento, pois a visão da esquerda de justificar o crime como uma questão social é que levou a isso. É só ver o caso da Índia, pais mais pobre e com índices menores. Esse pensamento petista fez a sociedade se torne tolerante ao crime e ao criminoso. O Combate ao crime organizado se faz com Estado intolerante ao crime e ao criminoso.

Caos geral e falta de gestão

Mas o caos vivido pelo Estado não se resume somente à Segurança, pois hoje Saúde e Educação também estão sofrendo do mesmo problema. A questão é gestão. Veja o caso da BR-364, onde foram gastos R$ 2 bilhões e ainda será preciso muito para a obra ficar pronta. O problema não é falta de dinheiro, mas o desperdício dele. Isso é riqueza desperdiçada, jogada fora e a conta disso um diz chega.

“O problema não é falta de dinheiro, mas o desperdício dele”, afirmou Bittar sobre os governantes atuais /Foto: ContilNet

A falência do modelo petista

O modelo petista usado no Acre e o no Brasil está falido, seja na economia ou mesmo no ambiente. No Acre, o projeto deles vai completar vinte anos de mentiras, nas quais a “florestania” e “juntar coquinho no mato” iam garantir o desenvolvimento foi uma grande mentira. O pouco que existia acabou e a economia ficou toda em poder do Estado. O grupo que disse que iria cuidar do ambiente não conseguiu sequer plantar árvores no Estado. Eles tiveram tudo o que queriam, de presidente a prefeito e nada, sequer limparam o igarapé são Francisco. Era Jorge, Tião, Marina e Lula, mas nada de concreto aconteceu.

Onde o Estado se meteu, faliu

O Tião [Viana] agora tenta mudar isso [desenvolvimento], mas dentro de uma visão esquerdista e fadada ao fracasso, na qual o Estado é o tutor da economia. Ora, a iniciativa deve ser privada, por parte dos empresários. Mas no Acre só se fica bem e se consegue algo se for amigo do poder, em uma relação imoral de compadrio e promiscuidade. É só ver a fábrica de tacos, de peixes, de camisinhas e outras mais. E tudo isso foi feito com dinheiro emprestado e pelo qual o povo todo está pagando, mas sem a chegada dos benefícios. Por conta disso, o Acre e o restante do país foram para o fundo do poço.

Caos moral e dinheiro de campanha

Esse momento vimos de onde vinha a força petista nas eleições. Eu fui vítima de campanhas milionárias, mas hoje sabemos de onde veio tanto dinheiro para atropelar os adversários. Hoje praticamente todos estão envolvidos nesse caos moral vivido pelo país e revelados pela Operação Lava Jato. Temos uma falta de valores cristãos, como viver do seu suor. São coisas em desuso com este modelo petista, no qual se retira das pessoas de bem para alguns receberem. Estes valores morais estão deixando as pessoas intolerantes com os bons valores e aceitando a hipocrisia.

O Estado e o país precisam de caráter

Muito se fala nos planos de governo. Contudo, mais importante do que o programa de governo é o caráter do político. Não dá para se deixar influenciar por propostas e jogadas marketing. O Jorge Viana fez isso, prometendo desenvolver o Estado, resolvendo todos os problemas e ainda proteger o ambiente. Isso sempre foi uma mentira, mas serviu apenas para ganhar a eleição. O que garante o cumprimento dos planos de governo é o caráter.

O Acre precisa de gestores sérios

Se os gestores do Acre forem sérios, que busquem eficiência, o Estado se desenvolverá e gerará riqueza. Mas hoje não se produz nada. O Acre precisa se voltar para o Peru e vender para eles. Isso é que gera emprego e riqueza para o Estado. É uma opção para aproveitar a nossa própria localização geográfica e os potenciais econômicos.

Vida transparente

Outro ponto muito falado é essa história de que a vida pessoal não importa. Isso é outra mentira. Quem vai para a vida pública não pode isolar os comportamentos. Como pode alguém que agride a esposa, abandonou a família ou teve envolvimento com desvios dar atenção aos problemas do povo? Eu não tenho o meu nome citado em nada, ainda que tenha tido cargos para gerir um orçamento igual ao do Estado, jamais respondi sequer a uma diligência. E tudo por honrar minha família.

O que esperar da crise

Eu torço para que esta crise produza um fruto capaz de fazer o país sair deste momento ruim. Precisamos deste novo momento, em que um governante respeite as pessoas e os poderes, não se sentindo acima do bem ou do mal, compreendendo ser o dinheiro público algo vindo do povo. Eu sonho com um governo que veja as capacidades, sem ligar para partidos, no qual possamos melhorar os pontos principais: segurança para andar na rua sem medo, uma Educação de qualidade e, uma Saúde pública eficaz. Isso é o que espero a partir deste momento: gestores sérios.

Resgate dos valores de caráter

Estamos em um limiar de tempo e gostaria de acreditar neste novo tempo, quando a eficiência seja o ponto valorizado, em todas as áreas do desenvolvimento social e econômico. Eu espero o resgate de valores de caráter, onde a corrupção não tenha espaço. Hoje o cidadão vira juiz ou outro cargo e se corrompe. Precisamos mudar isso se queremos um novo tempo de desenvolvimento e paz.

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