Abrahim Farhat, o “Lhé”, comemora avanços na construção do Estado Palestino e a possibilidade de paz

Abrahim “Lhé” Farhat está comemorando os avanços na política mundial na construção do Estado Palestino /Foto: ContilNet

Histórico representante da Organização para Libertação da Palestina (OLP) no Acre, Abrahim “Lhé” Farhat está comemorando os avanços na política mundial na construção do Estado Palestino e a possibilidade de paz na região. Lhé disse encontrar muita semelhança entre a criação do Acre e a luta do povo palestino, mas enquanto aqui os acordos internacionais foram cumpridos pelos bolivianos, no oriente médio só serviu para o Estado de Israel.

Aos 75 anos, convalescendo de problemas cardíacos e renais, o veterano lutador da causa palestina considerou um grande avanço as recentes ações de censura da ONU no fim do ano passado (23/12) e as declarações recentes do presidente da França, François Hollande, a respeito da necessidade de respeitar os dois povos com a criação dos dois países.

Cumpra-se a resolução da ONU

“Até que enfim a ONU pode finalmente fazer uma ação pelo povo palestino, pois antes os EUA sempre vetavam, mas desta vez eles se abstiveram. Além disso, tivemos ainda a recente [14/01] inauguração da embaixada Palestina no Vaticano, com elevado valor simbólico e político”. Segundo Lhé, Israel existe somente por conta do apoio dos EUA, de onde recebe ajuda financeira, tecnológica e política.

Mas o fato ressaltado por Lhé é ainda quando da criação do Estado Judeu, pois era para ter criado também o Estado Palestino, dado a lei da ONU ter sido neste sentido. “Mas na hora de implantar, foi só Israel e ao longo dos anos eles, judeus, iniciaram um plano de ocupação dos outros territórios. Assim, toda a luta dos palestinos é pela criação do país deles. Ninguém quer acabar com Israel, mas esta moção foi algo fantástico para o mundo todo.

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‘Lhé’ espera por dias de paz na Palestina /Foto: Reprodução

Lhé destaca que, ao contrário do divulgado pela mídia, apontando o palestino como um terrorista, eles lutam apenas para terem uma casa e terem reconhecido o seu país: “O que Israel vem fazendo não era preciso, pois a paz entre estes povos é fundamental para todo o mundo. Além disso, são povos irmãos e que têm em Abrahão o mesmo pai e origem”.

Similaridade entre o Acre e a Palestina

Abrahim destacou também a necessidade do acreanos verem um pouco mais para o mundo lá fora. Ele disse ser preciso “cuidar da nossa aldeia, mas não podemos ficar alheios aos acontecimentos do restante do mundo”. Por isso a moção de censura pelas construções dentro do território palestino foi algo inédito e muito bem-vindo.

“A luta do povo palestino tem similaridade com o caso acreano, pois aqui também foi uma lei, o Tratado de Petrópolis. Aqui tivemos a sorte da Bolívia ter entregado tudo o que estava acordado. Mas na Palestina, Israel além de não aceitar o Estado Palestino, ainda invadiu os territórios do povo árabe. Assim, povo palestino somente pede o cumprimento da lei do mesmo jeito que Israel sempre recebeu o apoio”. Lhé afirmou serem poucos palestinos os palestinos natos vivendo no Acre, estimados por ele em menos de 10, mas todos eles com famílias aqui. Apesar da luta em prol do povo palestino, Abrahim Farhat é filho de libaneses e nascido no Acre.

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Abrahim Farhat, o “Lhé”, comemora avanços na construção do Estado Palestino e a possibilidade de paz