Deu com a mão, tirou com a outra
O debate sobre o aumento da previdência promete esquentar o primeiro semestre do ano. Sim, porque ele não acabará com a aprovação da lei, sindicatos prometem uma “queimação geral” dos deputados que votaram como determinou o Palácio Rio Branco. Pelo que ouvimos nos corredores da Aleac, ofensiva será bimestral, como fotos e nomes estampados em cartazes.
As águas vão rolar
O pacote de maldades envolvendo aumento da previdência e da passagem de ônibus foram realizados antes do reinado momesco. Nas próximas cinco noites, todos vão às ruas encher a cara, fingir que está tudo bem e depois é enfiar o pé na jaca e correr atrás do prejuízo. “Garrafas cheias eu não quero ver sobrar”
Sensata
O destaque feito pela sindicalista Rosana Nascimento é sensato. O Governo do Acre tinha várias alternativas para salvar a previdência, mas preferiu a mais dura, mexer no bolso do servidor público. Quem conhece como é o povo brasileiro quando se trata de financeiro, pode prevê o que deve acontecer em 2018.
Militares não ficaram de fora
No Acre, o Tião Viana não deixou os militares de fora do aumento da previdência como estava previsto. Não era tarefa fácil mudar as regras para a categoria, que passou incólume por todas as outras reformas. E como disse Anchieta (do Acreprevidência) para as demais categorias, não adiante espernear.
Nota de repúdio
As Associações Militares manifestaram repúdio à aprovação do Projeto de Lei que aumentou o percentual de contribuição previdenciária, que sairá de 11% para 14% a partir de julho do corrente ano.
Faltou diálogo
Ela ressalta que em nenhum momento as associações militares foram informados do texto do projeto, tampouco debateram essa pauta em mesa de negociação, o que configura um ataque covarde e desleal do Acreprevidência e do Governo do Estado contra todos os servidores militares estaduais. A associação cita nominalmente os nomes dos deputados que votaram a favor do aumento.
Tião foi rápido
Na opinião do advogado Edinei Muniz, o governador Tião Viana até que foi ligeiro no tocante ao reajuste dos servidores públicos, apesar do malabarismo meio louco que fez envolvendo a VDP da Educação. Mas, diante do quadro, eu diria até que dá para perdoar.
Recuperação fiscal
O defensor segue comentando que o projeto de recuperação fiscal para os Estados em dificuldades financeiras, enviado recentemente ao Congresso Nacional, e que o Acre não é nem louco de não aderir, prevê o congelamento dos salários por dois anos e outras medidas duríssimas. Se não tivesse enviado a proposta, apesar das críticas, ficaria impedido por Temer de conceder reajustes.
Elogios a Ney Amorim
“Peço permissão aos críticos para apoiar as medidas e a ligeireza do governador e do deputado Ney Amorim nessa pauta. Fizeram o certo”, completa Edinei.
Folia no interior
Além de Rio Branco, Sena Madureira, Senador Guiomard e Assis Brasil já confirmaram a quina carnavalesca este ano. O que tem essas prefeituras diferente das demais? Está ai uma pergunta que somente os prefeitos podem dizer. Enquanto a maioria alega crise, estes superam as dificuldades.
O fim do nada
A extinção do Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba (Condiac) anunciado no Diário Oficial desta quinta-feira (23) não interfere em nada na vida dos municípios. Há muito essa sigla serviu apenas de cabide de empregos, não conseguiu aprovar nenhum projeto de relevância social, ambiental ou de infraestrutura urbana. Já foi tarde.
Plumas e paetês
A sessão desta quinta-feira (23) na Aleac foi em ritmo de Carnaval. O líder do governo, deputado Daniel Zen, fez rasgados elogios ao presidente da Casa, Ney Amorim, e por tabela, parabenizou os deputados Gehlen Diniz (PP) e Eliane Sinhasique (PMDB). Plumas e paetês somente em véspera de Carnaval.
Tudo Zen
O deputado e líder do palácio Rio Branco convocou assembleia de revisão constitucional, para debater assuntos que, segundo ele, o Acre é vanguarda, como temas ambientais e outros de interesse da sociedade. Antes disso, foi preciso usar um dicionário para interpretar o discurso do deputado.
Não era blá, blá, blá
O Ministério da Integração anunciou a liberação de R$ 290 mil reais para as cidades de Tarauacá e Rodrigues Alves. Para Tarauacá, por exemplo, a ajuda veio no momento em que as águas voltaram a subir. Há ameaças de famílias serem desabrigadas novamente. Parabéns ao senador Gladson Cameli pelo empenho.
Abafa o caso
Caminha para pizza a formação da Comissão Especial de Investigação sobre o transporte coletivo. A instalação que deveria acontecer nesta quinta-feira (23), acabou ficando para depois da quarta-feira de cinzas.
Devagar quase parando
Quando se trata de comissões, a coisa é lenta mesmo em qualquer legislatura da Câmara Municipal. O presidente atual, pastor Manoel Marcus, prometeu pegar pesado contra os bancos com a lei de fechamento de agências, lembram? Nada saiu do papel, e olha que o religioso agora é presidente da Casa.
Nunca se viu
Bem, em se tratando de Manoel Marcus, espera-se qualquer coisa não é mesmo? Quem já viu um pastor se envolver tanto no episódio de um condenado, como foi o caso da prisão do vereador Juruna? Pegou mal por dois fortes motivos: primeiro por ele ser presidente da Casa; segundo pelo fato de o mesmo ser Pastor.
Livre, leve e solto
O vereador Juruna passou a frequentar os trabalhos da Câmara Municipal como se nada tivesse acontecido. Passou aquele famoso óleo de peroba no rosto e sentou de novo na cadeira. Detalhe, mesmo condenado continua membro da CEI que investigará os transportes coletivos.
Tranquilidade limitada
Mas tudo indica que a tranquilidade de Juruna terá tempo determinado. O advogado Gabriel Santos, da Rede, garantiu à coluna que entrará com representação contra o vereador condenado após o Carnaval: “Quando tudo voltar a funcionar” destacou o militante.
Vem mais medida dura
Os Estados interessados em aderir ao regime de recuperação fiscal precisarão apresentar contrapartidas relacionadas a privatizações e aumento de alíquotas previdenciárias de servidores ativos, inativos e pensionistas. Isso, caso o Congresso aprove a matéria na forma como foi encaminhada pela Presidência da República.
Serviço de saneamento básico deverá ser privado em Rio Branco
Privatização
De acordo com o documento enviado à Agência Brasil pela Casa Civil, fica estabelecido que, para aderirem ao regime de recuperação fiscal, os estados terão de implementar medidas como autorizar a privatização de empresas dos setores financeiro, de energia e de saneamento.
Como o governo do Acre já aderiu ao plano, aumentou ontem (22) a contribuição previdenciária, não está descartada a possibilidade de o Depasa entrar no bolo de negociações para a recuperação fiscal.
