Mercado tem 24,3 milhões de trabalhadores subutilizados em 2016

A taxa composta da subutilização da força de trabalho (subocupação mais desocupação) no país ficou em 20,6% em 2016 e atingiu 24,3 milhões de pessoas. No quarto trimestre, o índice chegou a 22,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mercado encerrou 2016 com mais de 24 milhões de trabalhadores subutilizados. (Foto: Murillo Gomes/G1))

A quantidade de trabalhadores nessa condição indica um aumento de 6% em relação ao 3º trimestre de 2016 e de 31,4% frente ao quarto trimestre de 2015.

Entre as regiões analisadas pelo IBGE, a Nordeste registrou a maior taxa, de 33% no último trimestre de 2016, enquanto a menor partiu do Sul do país (13,4%). Entre os estados, a taxa de subutilização bateu 36,2%, a maior, e Sanra Catarina, 9,4%, a menor.

“Os dados mostrados hoje na Pnad Contínua mostram o cenário do mercado de trabalho regional… que a taxa de desocupação subiu em praticamente todos os grupos regionais, em quase todos os estados, em quase todas as regiões metropolitanas. Avançou de forma geral no país. Além da desocupação, o contingente de pessoas subutilizadas também aumentou em todos os recortes de utilização. A subutilização dá força de trabalho também aumentou de forma significativa”, disse Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa.

Subocupação
No detalhamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o IBGE também divulgou a “taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação”, ou seja, o índice relativo às pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior somadas às pessoas desocupadas).

O índice ficou em 17,2%, depois de chegar a 16,5% no terceiro trimestre e a 13% nos quatro úlitmos meses de 2015.

A maior taxa foi vista no Nordeste (23,9%), e a menor, no Sul (10,9%).

Desocupação e força de trabalho potencial
Outro detalhamento dessa pesquisa diz respeito às pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial). Esse índice chamado de “taxa combinada da desocupação de da força de trabalho potencial”, ficou em 17,4%, acima dos 16,8% registrados no trimestre anterior e dos 13,5% apurados no último trimestre de 2015.

Na análise regional, o Nordeste mostrou a maior a taxa, de 24,6%, e o Sul, a menor, 10,2%.

Desocupação em 2016
No quarto trimestre de 2016, a taxa de desocupação no Brasil foi estimada em 12%, conforme o IBGE havia divulgado. O número ficou estável na comparação com o terceiro trimestre de 2016 (11,8%), mas superou os 9% relativos ao quarto trimestre de 2015.

A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade chegou a 25,9%. Já nos grupos de pessoas de 25 a 39 e de 40 a 59 anos de idade, este indicador foi de 11,2% e 6,9%, respectivamente.

“Os jovens estão sentindo mais a crise do que a população adulta. Porque se, normalmente, já é mais complicada essa inserção no mercado de trabalho, em tempos de crise ela é ainda mais complicada. Se o empregador pode escolher, ele geralmente prefere um profissional mais experiente”, afirmou Azeredo.

No quarto trimestre, entre homens, a taxa de desocupação ficou em 10,7% e entre mulheres, em 13,8%.

Por nível de instrução, a taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto foi de 22% – superior à verificada para os demais níveis. Para o grupo de pessoas com curso superior incompleto, a taxa foi estimada em 13,6%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (5,8%).

No último trimestre do ano passado, o percentual de mulheres na população desocupada chegou a 50,3% e a de homens, de 49,7%. Apenas no Nordeste, o percentual de mulheres desocupadas era menor do que o de homens.

Ocupados
Quanto ao número de ocupados no final de 2016, na análise por grupos de idade, 12,7% eram jovens, de 18 a 24 anos, e os adultos, de 25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade, representavam 78,2%. Já os idosos correspondiam a 7,3%.

Entre os ocupados, 28,1% não tinham concluído o ensino fundamental, 53,5% tinham terminado pelo menos o ensino médio e 18,5% tinham concluído o nível superior.

O percentual de pessoas nos níveis de instrução mais baixos, que não tinham concluído o ensino fundamental, era superior nas regiões Norte (36,3%) e Nordeste (37,5%). Já a quantidade de pessoas que tinham completado pelo menos o ensino médio era maior nas regiões Sudeste (62,4%) e Sul (55,6%). A região Sudeste (21,9%) foi a que apresentou o maior percentual de pessoas com nível superior completo, enquanto a região Nordeste teve o menor (12,9%).

De acordo com o IBGE, a população ocupada era composta por 68,6% de empregados, 4,6% de empregadores, 24,5% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% de trabalhadores familiares auxiliares.

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