Após negar existência de facções criminosas, Segurança admite: “É uma pedra no sapato”

Depois de negar durante quase todo o ano de 2016 a existência de facções criminosas no Estado do Acre, na sexta-feira (3) a cúpula da Segurança Pública admitiu ser essa “uma pedra na sola do sapato”. A declaração é do secretário Emylson Farias, durante a entrega do documento que orienta o Governo Federal nos investimentos necessários para conter a onda de violência em todo o Estado.

Farias foi quem primeiro se manifestou na reunião com o coordenador da bancada federal, senador Sérgio Petecão (PSD/AC). “O governo não está dando um cheque em branco, mas aponta necessidades de investimentos para o retorno efetivo da Segurança Pública”, disse o secretário.

De acordo o documento, serão realizados investimentos na área de recuperação de viaturas, engenharia operacional, reforma e ampliação, fardamento, equipamentos especiais para o Corpo de Bombeiros e Operações Táticas e Especiais das polícias, munições letais e não-letais, além de continuidade da construção do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

Senador Sérgio Petecão, governador Tião Viana e secretário de Segurança, Emylson Farias /Foto: Reprodução

O secretário de Segurança Pública pediu foco da bancada federal para a liberação de verbas para a implantação do CICC, que ele assegura ser fundamental para reforçar o setor de inteligência das policias estaduais. Além disso, Farias deixou claro que o CIOSP está em expansão, o centro integrado seria necessário para o que ele classificou ser “resposta em menor volta do ponteiro”.

O secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio, ao relatar a situação das execuções que vêm acontecendo no Acre afirmou que “o autor de hoje é a vítima de amanhã”. Ele elogiou a postura da bancada federal em colocar o assunto como pauta suprapartidária.

Para o coronel Roney, do Corpo de Bombeiros, os recursos devem reforçar o trabalho que já vem sendo feito de forma integrada pelas forças de Segurança Pública.

O senador Sérgio Petecão encerrou o encontro afirmando que, com a parte técnica desenvolvida pelo Estado, resta a bancada federal agora “fazer pressão política para a liberação dos recursos”.

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