24 de abril de 2024

A volta dos que já foram: políticos que “sumiram”, mas prometem voltar com tudo em 2018

Um “camarada” que não larga as armas e os sonhos

Ex-vereador, ex-vice-prefeito de Tarauacá e um dos “camaradas” mais histórico do Acre, com atuação forte na região entre os Rios Purus e Juruá, Chagas Batista parece ser o comunista menos disposto a “largar as armas”, mesmo com a derrocada da esquerda no mundo e, com especialidade, no Brasil. Durante uma conversa franca com a coluna ontem à noite, Batista resume o pensamento de um legítimo socialista em tempos de Lava Jato.

Chagas Batista

Veja a entrevista resumida:

Coluna – Em rápidas palavras, como foi tua vida antes e depois da política?

Chagas Batista – Sou taraucaense nascido no alto Rio Tarauacá. Comecei a trabalhar aos 6 anos idade com meu pai, no corte da seringa. Aos 13 conheci a cidade e um banco de escola. Em 1985, junto com Edvaldo Magalhães e Moisés Diniz, fundamos o PCdoB de Tarauacá. Em 1990 ajudei a fundar a Frente Popular e coordenar a campanha de Jorge Viana governador. Em 1992 fui eleito vereador e reeleito por mais duas vezes consecutivas. Fui candidato a prefeito em 2004 e 2008 e eleito vice-prefeito em 2013.

Coluna – O sonho socialista do século das revoluções, o passado, parece não ter conseguido romper os anos 2000. Ainda há esperança?

Chagas Batista – O sonho socialista continua vivo apesar de ter sofrido derrotas, especialmente com a queda do leste europeu na no fim do século passado. O socialismo é muito jovem e continua sendo uma necessidade histórica da humanidade que sonha com um futuro de paz e justiça social. Disso não tenho dúvida. O futuro da humanidade não é a barbárie capitalista

Coluna – Em 2018 a Frente Popular ainda sobrevive ou perde o governo?

Chagas Batista – A Frente Popular precisa ter capacidade de reformular o seu projeto e se repactuar. O hegemonismo político que PT implementou no plano nacional não deu certo. Aqui no Acre também não será diferente. Quanto ao futuro, depende dessa compreensão.

Caolho

“Quero ser um cego se meu nome aparece nessa lista do Janot”, do senador Sérgio Petecão (PSD), durante almoço com amigos na Chácara Boi Cagão.

Vitória do PHS

Nem Gemil Júnior, secretário Estadual de Saúde, nem o ex-deputado Roberto Filho conseguiram derrotar Arivaldo Mendes, apoiado pelo PHS, na disputa pela presidência do Conjunto Esperança.

Cadê o PR?

Sumiu todo mundo no PR. Parece ter ficado só o ex-vereador Raimundo Vaz, que disputou a prefeitura de Rio Branco em 2016. E consta que ele deve levar a sigla para a Frente Popular em 2018.

Escolha pela pesquisa

Se a escolha dos dois nomes da oposição que devem disputar o Senado tivesse como parâmetro os serviços prestados a oposição, renúncia e encarar eleição quando ninguém queria, Tião Bocalom (DEM) e Marcio Bittar (PSDB) seriam escolhidos disparados. Mas ambos terão que esperar o resultado das pesquisas.

Angelim e 2018

Conversei com o deputado federal Raimundo Angelim (PT) principalmente sobre reforma da Previdência e eleições 2018. Dele: “Sou contra a reforma. Vou votar contra. Sobre 2018, não sei”.

Velho soldado

Raimundo Angelim deixou de ser cotado para ser o nome do PT para o governo ou senado, como já foi até ano passado. Mas disse à coluna que continua sendo o velho soldado de sempre do PT.

Volta dos que já foram

Eles já foram muita coisa na política, mas caíram, ou deram um tempo, mas agora prometem voltar com tudo em 2018. Veja parte da lista: Walter Prado, Helder Paiva, José Bestene, Jamyl Asfury, Alonso Andrade, Franesi Ribeiro, Ronivon Santiago, Chicão Brígido e Idalina Onofre.

Fogo amigo no Jorge Viana

“Enquanto o senador Jorge Viana (PT) estiver na defesa da cláusula de barreira, que acabará com os partidos pequenos, ele continuará perdendo votos diariamente de pessoas ligadas aos partidos nanicos. Eu sou um que detono ele”.

De um presidente de partido nanico, que pediu para não citar seu nome.

Tião do coração bom

Para um conhecido empresário do Acre, o governador Tião Viana (PT) faria um bem danado se não voltasse mais a política, depois que terminar seu mandato ano que vem. “É um homem do coração bom, mas um desastre como político”, avalia.

Nomes da IBB

Além de Gemil Júnior, cantor da IBB e atualmente secretário de Saúde do Estado, o pastor Agostinho Gonçalves, líder supremo da Igreja Batista do Bosque, tem mais três nomes para bancar politicamente em 2018, ou descartar: Sandro Cardoso, Jamyl Asfury e Alan Rick.

Fábrica de açúcar

Consta que a Alcobrás, empresa onde parece ter sido enterrado a cabeça de um burro, deverá virar, agora, fábrica de açúcar.

Um dia a maldição será quebrada e o milagre acontecerá.

Pelo Solidariedade

“Posso até disputar a eleição para deputado federal, pelo Solidariedade. Meus amigos e minha família é que vão decidir”, do ex-prefeito de Epitaciolândia, André Hassem.

Liga urgente

Quer fazer uma reclamação ou protestar contra a situação do país e do Acre, ligue no 99922-2118 ou envie e-mail para [email protected]. Negociamos terras também.

PUBLICIDADE
logo-contil-1.png

Anuncie (Publicidade)

© 2023 ContilNet Notícias – Todos os direitos reservados. Desenvolvido e hospedado por TupaHost