A ausência de lideranças da oposição no movimento Vem pra Rua, que aconteceu hoje em todo País, e no Acre, no centro de Rio Branco, rendeu pesadas críticas aos políticos acreanos que antes do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff vinham participando ativamente de maioria dos eventos organizados por jovens como Renê Fontes, coordenador do movimento no estado.
Ao falar sobre o público minguado, cerca de 60 pessoas, que compareceram no ato deste domingo (26), ocorrido no hall da Assembleia Legislativa, Renê disse que os políticos da oposição são uma grande decepção, no sentido de não ajudarem neste movimento que já chegou a reunir mais de dez mil pessoas somente em Rio Branco.
“Esperamos aqueles que participavam, mas nenhum compareceu. A Dilma caiu, então eles acham que acabaram os problemas do Brasil. Para ele, muitos políticos que se intitulavam como inconformados, queriam mesmo era um palco para se eleger. Os manifestos de 2018 deverão trazer os oportunistas de volta”, disse Fontes.
Ele acredita que as pessoas não atenderam ao chamamento para defenderem nas ruas a Operação Lava Jata e o fim do fórum privilegiado, entre outras pautas, porque hoje não existe mais um apelo forte como foi o impeachment de Dilma Rousseff.
“Sei que as pessoas estão cansadas. Isso explica, mas não justifica. Todos nós temos a obrigação de sermos patriotas e precisamos nos posicionar contra a impunidade da classe política, o fórum privilegiado, voto em lista fechada (quando o eleitor vota em uma lista de candidatos escolhidos pelo partido). Temos que lutar para que o Lula não se safe da cadeia, e que os políticos freiem essa questão do fundo partidário”, explica Fontes.
As poucas pessoas que participaram do movimento deste domingo aqui no Acre não deixaram de pedir mais segurança pública, a continuação da CEI do Transporte Público, da Operação Lares, a CPI da BR-346, entre outras reivindicações.
