Angelim lamenta e denuncia corte orçamentário em Ciência e Tecnologia

Os investimentos em Ciência e Tecnologia pelo governo federal, que vêm caindo desde o início da crise brasileira, sofrerá em 2017 seu maior corte. Segundo divulgado pelo Ministério da Fazenda, o contingenciamento da verba para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações pode chegar até R$ 2,2 bilhões, num orçamento que estava estipulado em R$ 5 bilhões.

Preocupado com os impactos negativos da medida, o deputado federal Raimundo Angelim (PT-AC) fez um pronunciamento no plenário da Câmara, denunciando o problema e reafirmando que as áreas de educação, ciência e tecnologia não são prioridades para o governo Temer.

Deputado federal Angelim /Foto: Assessoria

“Foi anunciado pelo governo que o orçamento da Ciência e Tecnologia em 2017 será o menor em 12 anos, com um corte de 44%. Ou seja, o Brasil está com seu desenvolvimento, com a sua tecnologia, com sua inovação condenados nas próximas décadas. Isso é uma tristeza. Os cientistas brasileiros estão sem recursos para financiar suas pesquisas, que são fundamentais para o desenvolvimento do País”, lamentou o petista.

Membro da academia, Angelim disse ainda que falava do assunto com tristeza porque, assim como qualquer País que quer se desenvolver, “o Brasil precisa da ciência e da tecnologia.”

O tom de Angelim tem sua razão de ser, uma vez que depois da aprovação da PEC 55 [conhecida como PEC do Teto dos Gastos ou PEC do Congelamento] a situação para estes setores tende a se agravar. A situação é tratada pelos principais formadores de opinião em ciência que tem manifestado que “comunidade cientifica brasileira está em estado de alerta já que o congelamento dos investimentos pode levar ao colapso toda a estrutura de desenvolvimento de pesquisa e inovação que há no Brasil hoje”.

O total contingenciado, de acordo com o que foi publicado em Diário Oficial da União, é R$ 42,1 bilhões contingenciados, sendo que as áreas mais afetadas foram Defesa (R$ 5,75 bi), Transportes (R$ 5,1 bi) e Educação (R$ 4,3 bi).

Na PEC 55 – cuja proposta anunciada é de um congelamento do orçamento para manter as contas do Estado dentro da meta fiscal – não consta Ciência e Tecnologia como uma das despesas obrigatórias, como são a Saúde e a Educação. O que significa que o governo pode cortar sua verba indiscriminadamente

“É uma tristeza e uma situação muito preocupante, quero me somar à comunidade científica, que neste momento, tem manifestado esse alerta”, concluiu Angelim.

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Angelim lamenta e denuncia corte orçamentário em Ciência e Tecnologia