18 de abril de 2024

Secretário diz que droga que sumiu de delegacia pode ter sido apreendida em outras operações

O secretário de Polícia Civil do Estado do Acre, Carlos Flávio, disse em entrevista concedida a uma emissora de TV do município de Cruzeiro do Sul que os 40 quilos de drogas que sumiram da Delegacia de Polícia Civil do município, em agosto de 2015, podem ter sido apreendidos em outras operações desencadeadas na cidade. O que Carlos Flávio não revelou é como a suposta droga foi identificada pela perícia, já que os tabletes com pasta à base de cocaína apreendidos não tinham código de barras.

PARA ENTENDER O CASO:

Os mais de 37 kg de cocaína foram apreendidos em uma operação da Polícia Militar no município de Cruzeiro do Sul. A droga estava escondida em um matagal na Vila Alagoinha, na BR-364. Dois peruanos, de nomes não revelados, que tentavam sair de Cruzeiro do Sul com a droga foram presos.

Os militares nem comemoram por muito tempo, dois meses depois a droga apreendida, além de outra quantidade de entorpecentes, sumiram de dentro da Delegacia. Na época, o atual secretário, Carlos Flavio, foi pessoalmente ao município e garantiu uma rigorosa investigação para pegar os culpados pelo sumiço do entorpecente, supostos policiais civis.

Oito meses depois, em entrevista à ContilNet, o corregedor da Polícia Civil, Josemar Pontes, disse que embora o crime tenha sido uma ação grave, com a possível participação de agentes Polícia Civil no caso, o crime era de difícil elucidação, exatamente porque o produto que sumiu – a cocaína embalada em tabletes – não tinha código de barras.

Ainda de acordo Pontes, a Polícia sabe que a ação foi planejada e muito bem arquitetada, as provas estão pelo horário e o dia em que aconteceu o sumiço. Segundo o corregedor, quem se envolveu nessa operação tinha conhecimento profundo sobre o fluxo e a rotina da Delegacia. “Não tinha dia e horário mais adequado do que aquele em que se realizou a operação” adiantou o corregedor.

Embora os autores tenham deixado pistas suficientes para uma perícia que aponte os verdadeiros criminosos, quase nada foi revelado à opinião pública. Carlos Flávio repetiu em Cruzeiro do Sul o discurso da corregedoria em Rio Branco, alega que a quebra de sigilo nas investigações pode atrapalhar nas a elucidação do caso.

Dessa forma, pelo jeito a sociedade pouco saberá sobre os envolvidos no maior furto, ou peculato, de drogas de uma delegacia nos últimos anos. O caso, segundo Flávio, segue em segredo de Justiça.

“Não estamos preocupados em pegar somente uma ou outra pessoa, mas todos os envolvidos nesse fato. Então a gente não pode divulgar antes da definição, sob pena de prejudicarmos a autoria das demais pessoas que participaram”, disse o secretário.

 

Carlos Flavio chegou a afirmar que a Polícia Civil está tranquila em ter tirado de circulação a droga que sumiu da Delegacia e que a meta é chegar aos autores do furto ou peculato e entregá-los ao judiciário.

Assista ao vídeo do site Juruá Online:

https://www.youtube.com/watch?v=oZVoTvER78c

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