Mais da metade das cidades do Estado do Acre podem ficar sem recursos para o turismo. O prazo para aderir à categorização dos municípios das regiões do Mapa do Turismo Brasileiro encerra neste domingo (30), após já ter sido prorrogado por 30 dias. Prefeitos enfrentam dificuldades para regulamentar departamentos e secretárias em suas estruturas. Apenas 10 cidades aderiram ao programa. “Quem não se cadastrar deixa de receber recursos até de emendas individuais ou impositivas, a categorização está prevista para o recebimento de recursos de forma estratégica de acordo as peculiaridades de cada região”, explicou a secretária de Turismo do Acre, Raquel Moreira.
3.345 municípios do Mapa do Turismo Brasileiro foram agrupados em cinco categorias, de A até E. O Acre teve 16 cidades agrupadas em categorias de A até E. Rio Branco, assim como todas as capitais brasileiras, ficou na categoria A, que representa os municípios com maior fluxo turístico e maior número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem. Outros 12 municípios como Feijó, Brasileia e Tarauacá foram inseridos na categoria D; e 3 na categoria E: Porto Acre, Rodrigues Alves e Mâncio Lima.
Raquel chama atenção para a medida do Governo federal afirmando que Rio Branco quase perdeu recursos para a conclusão do Shopping Popular por conta de mudanças no setor de turismo que estava na estrutura da Fundação Garibaldi Brasil e foi remanejada para o gabinete do prefeito. Este ano, todos os municípios que não estavam cadastrados perderam recursos.
“Xapuri, por não estar cadastrado, perdeu recursos para pavimentação do entorno da Casa de Chico Mendes, como tenho dito, turismo não é somente eventos ou lazer, mas infraestrutura. 52 setores estão ligados ao potencial turístico e os gestores precisam abrir os olhos para isso” destacou a secretária. Xapuri está classificado na rota “Caminhos da Revolução”, outras rotas foram categorizadas no Estado como: caminho das aldeias e biodiversidade, caminhos de Chico Mendes, caminhos do Pacífico e Conheça Rio Branco.
Desde que o alerta foi dado, na reunião da Associação dos Municípios do Acre (AMAC), mais quatro cidades se cadastraram. A secretária afirma que técnicos estão disponíveis para debater junto com o Executivo e as Câmaras Municipais. “Os prefeitos estão encontrando dificuldades de regulamentar departamentos ou até mesmo secretarias de turismo, porque alguns vereadores entendem que isso não é um instrumento de captação de recursos, nós estamos colocando toda nossa estrutura à disposição para que nenhuma cidade fique de fora e perca recursos” analisou Raquel.