20 de abril de 2024

Major Rocha se encontrou com Aécio horas antes da explosão da “mãe de todas as bombas”

Major Rocha e sua comitiva com Aécio

Poucas horas antes do jornal O Globo explodir o que pode ser a “mãe de todas as bombas” atirada no coração dos poderes Legislativo e Executivo, uma comitiva de políticos acreanos se reunia com uma das figuras mais importantes da política nacional, Aécio Neves (PSDB), que na última quinta-feira (18) foi afastado de suas funções de senador da República.

A foto

Em uma foto publicada por alguns setores da imprensa acreana, o presidente do PSDB no Acre, Major Rocha, aparece sentado ao lado de Aécio. Junto com ele, estão outros membros da executiva regional do PSDB no Acre, que teriam ido a Brasília pedir a manutenção da atual gestão, que tem como comandante o próprio deputado federal Major Rocha.

Reunião de representantes do PSDB no Acre com Aécio Neves, momentos antes da ‘bomba no congresso’ /Foto: Reprodução

Apagaram tudo

A comitiva de Rocha enviou várias fotos às redes sociais badaladas, como o WhatsApp e Facebook, mostrando que estavam com a “bola toda” junto ao então presidente nacional do PSDB, mas quando a “mãe de todas as bombas” explodiu, muitos trataram de apagar as mensagens, restando apenas um silêncio sepulcral.

Briga pela executiva regional

O certo é que Major Rocha e sua turma estavam preparados para “deitar e rolar” em cima de um correligionário que eles detestam, o ex-deputado Marcio Bittar, que vem medindo força dentro do PSDB com a tropa do Major há alguns meses. Em Brasília, e na matéria que a Pimenta publica logo abaixo, os tucanos falam sobre a queda de braço entre Rocha e Bittar pelo diretório regional do partido no Acre:

“Aécio Neves garantiu, ainda, que não há qualquer possibilidade de intervenção da executiva nacional no diretório regional tucano”, diz um trecho da matéria publicada no site Acre em Revista.

Agora vejam a matéria postada no site Acre em Revista, horas antes da explosão da “mãe de todas as bombas”:

O deputado federal Major Rocha, acompanhado da executiva regional do PSDB, do deputado estadual Luiz Gonzaga e dos prefeitos tucanos no Acre, esteve reunido com o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves, na manhã desta quarta-feira (17). Durante a reunião foram definidas as estratégias do partido para as eleições 2018.

“Este é o momento de trabalho, de busca da harmonia e convergência interna para garantirmos um partido forte e unido nas próximas eleições. O senador Aécio garantiu seu apoio irrestrito ao nosso projeto de fortalecimento partidário”, informou Rocha, presidente regional da legenda.

Aécio Neves garantiu, ainda, que não há qualquer possibilidade de intervenção da executiva nacional no diretório regional tucano. “Nosso partido entende que esse é o momento de distensionar. O ambiente interno está pacificado e todos nós estamos trabalhando para que o PSDB seja protagonista nas próximas eleições”, afirmou o deputado Luiz Gonzaga.

Para o secretário-geral do PSDB no Acre, Correinha, a reunião serviu para criar um novo canal de diálogo, direto como presidente nacional do partido, que se colocou à disposição para ajudar no processo de crescimento do PSDB.

“Nosso partido tem 16 vereadores, 2 prefeitos muito atuantes, além de um deputado estadual e um deputado federal, que têm se destacado em nível regional e nacional. O partido trabalha para unificar o discurso e partir mais forte para as eleições”, disse Correinha.

O prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros, que está em Brasília participando da XX Marcha dos Prefeitos, esteve presente na reunião e declarou que: “O encontro foi muito proveitoso para afinar o discurso e mostrar que a executiva do PSDB no Acre goza da confiança do diretório nacional”.

A língua do Crica

O colunista Luís Carlos Moreira Jorge, o ‘Crica’, que assina colunas políticas no site AC24horas e no jornal Opinião, fez um questionamento ao deputado Major Rocha sobre o fato de ele ter dito que Michel Temer não tem mais moral para permanecer no poder, sem, no entanto, citar ao menos uma vez o nome do senador Aécio Neves, também envolvido nas delações do dono da JBS. Vejam as notas:

Notas do Crica (AC24horas)

O deputado federal Major Rocha (PSDB) se juntou ao movimento puxado pela Rede, PT, PSOL e outros partidos de esquerda e assinou o pedido de impeachment da presidente Dilma [sic]. Por conta da posição vem sendo chamado dentro da oposição de “oportunista”, por estar há bem pouco como vice-líder do governo Temer. Rocha argumenta na sua defesa que, a régua que usa para medir os adversários quando praticam ilegalidades e a mesma que usa para com os aliados. “O Temer recebeu um criminoso, tratou com ele de práticas criminosas, deu informações privilegiadas e não tomou nenhuma providência. Isso é grave sim. Não tem mais moral para permanecer no poder”, acentuou. Rocha pontua que não quer ter o mesmo papel do PT, que quando seus membros são envolvidos em corrupção os santificam e, quando se trata de adversário demonizam. “Quem na oposição quiser ficar contra a minha posição pode ficar”, diz Rocha, que promete tocar em frente a sua candidatura a senador pelo PSDB.

Não dá no Francisco?

Não tiro a razão do deputado federal Major Rocha (PSDB) no episódio do presidente Temer. A sua justificativa é plausível. Até aí Madalena entrou no mato. A situação mais grave foi a do ex-presidente do PSDB, Aécio Neves, flagrado em corrupção com fartas provas. Por que não pediu a sua prisão? Expulsão do PSDB? Pau que dá em Chico não dá em Francisco? Ou não?

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