Sinteac cobra prioridade no pagamento da bolsa dos servidores do ensino integral

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), professora Rosana Nascimento, lamentou a falta de respeito do Governo do Estado ao tratar os compromissos feitos com os trabalhadores em Educação.

Os diretores do sindicato se reuniram no fim da tarde desta quarta-feira (31) com os diretores das escolas do ensino integral, no auditório da Secretaria Estadual de Educação (SEE), para tratar do problema do atraso de três meses do pagamento da bolsa de incentivo aos professores.

A reunião contou também com a presença do secretário adjunto de Educação, Evaldo Viana, da coordenadora do programa de ensino integral e alguns representantes dos funcionários de escola. O gestor da SEE informou que o pagamento da bolsa só está dependendo da aprovação de um projeto de lei pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Acre, através de uma emenda proposta pela Secretaria.

Presidente do Sinteac, Rosana Nascimento /Foto: Assessoria

Na ocasião, Evaldo afirmou ainda que até a próxima quarta-feira (7) o secretário adjunto de Educação e Esporte (SEE), José Alberto Nunes, Xaxá, deverá sentar com os servidores da Educação para definir a data que será paga a bolsa incentivo. “Só esperamos que não caia no esquecimento, como aconteceu com a VDP”, avisou o diretor de assuntos jurídicos do Sinteac, Daryl Abejdid.

Rosana contou que desde a greve o governo tenta isolar e ignorar as solicitações do Sinteac, que busca encontrar uma resolução para os problemas que surgem no serviço público. “Só nos atende quando tem ameaças de acampamentos, paralisações, carro de som e denúncias na rede social”, lamentou a sindicalista.

Além disso, a professora informou que o governo pode até continuar com essa postura de querer ignorar o movimento sindical, mas não vai conseguir, porque o Sinteac tem a representatividade dos servidores e jamais vai deixar de buscar resolver os problemas da categoria, principalmente quando se trata dos direitos dos acordos feitos com os trabalhadores.

A reunião estava marcada para o dia 10 deste mês, mas foi antecipada por conta da manifestação do sindicato nas redes sociais, que cobrou explicações do Governo do Estado e exigiu o pagamento imediato do benefício.

Os diretores e funcionários presentes na reunião aproveitaram a ocasião para cobrarem da SEE mais acompanhamento do espaço físico das escolas, inclusive com a segurança das escolas da rede pública. Outra cobrança bastante enfática pelos diretores diz respeito à falta de inspetores e porteiros nestas novas unidades de ensino da SEE.

Sobre isso, os representantes da Educação lamentaram os rumores de que em algumas comunidades é necessário manter acordos com líderes de facções para garantir o mínimo de tranquilidade na escola, se é que tal prática pode ser chamada de tranquilidade. “A violência na escola é outro gargalo que eles terão que tomar providências e proteger a comunidade escolar. Queremos a Segurança na escola”, cobrou Rosana.

A sindicalista lamentou a falta de planejamento prévio em gerenciar o pagamento das bolsas em tempo hábil, que resultou em um grande transtorno para toda a comunidade escolar: “Pois a bolsa, diga-se de passagem, muito irrisória em contrapartida à responsabilidade dos trabalhadores [professores, gestores e funcionários de escola], já deveria ter sido paga desde abril”, ressaltou a presidente do Sinteac.

O sindicalista Daryl Abejdid informou que a previsão mais otimista é que bolsa seja paga em folha complementar ou em crédito na conta bancária somente na segunda quinzena de junho. Porém, dependerá muito da boa vontade dos deputados de votar em regime de emergência, antes do recesso parlamentar. “Tem escolas que os professores já se manifestaram em cruzar os braços, caso não se tenha uma resposta positiva até quarta-feira”, declarou o diretor do Sinteac.

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