18 de abril de 2024

CPI da venda de casas populares deve fazer convocações antes do recesso

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) criada para investigar os envolvidos no esquema fraudulento de venda de casas populares deve iniciar as convocações ainda neste semestre. A informação é do presidente da CPI, deputado Lorival Marques (PT), que está analisando uma vasta documentação solicitada da Secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social (Sehab).

Desencadeada o ano passado, a Operação Lares identificou a venda de 40 unidades habitacionais do programa ‘Minha Casa Minha Vida’, além de indiciar servidores por falsidade documental, corrupção ativa e passiva, bem como crime de organização criminosa.

CPI da Sehab começa a encaminhar primeiros questionamentos /Foto: Reprodução

De acordo com a denúncia do Ministério Público, a organização possuía duas vertentes: as pessoas captadas por Rossandra Lima, Maria Auxiliadora, Wegliton Melo, Wesley Lima e Gledson de Lima, que eram repassadas, posteriormente, a Clelda Maia e Cícera Dantas para formalização junto à Sehab com assinatura de contratos que proporcionavam aos ‘candidatos’ o sentimento de que a fraude se consumaria e afastava a possibilidade de desconhecimento da ilegitimidade da transação.

Segundo as investigações, os indiciados integravam a organização na condição de ‘vendedores’, uma vez que procediam à captação de pessoas e lhes apresentavam a possibilidade de adquirir os imóveis mediante o pagamento de valores que iam de R$ 5 mil a R$ 30 mil.

A segunda vertente partia diretamente de Cícera Dantas, Marcos Huck e de Daniel Gomes, estes dois últimos, chefe do Departamento Técnico-Social e Diretor Executivo da Sehab. Eles direcionavam e indicavam pessoas geralmente próximas, como amigos, parentes ou conhecidos, para a contemplação das casas.

Além desses nomes, também podem ser convocados o ex-secretários Rostênio Ferreira e Jamyl Asfury, além da secretária da Casa Civil do governo, Márcia Regina, que é citada no depoimento de Rossandra Melo à Policia Civil.

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