19 de abril de 2024

100 presos do regime semiaberto fazem protesto na Cidade da Justiça

Cerca de 100 presos em regime semiaberto fizeram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (7), em frente à Cidade da Justiça em Rio Branco, na intenção de serem recebidos pela juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos, para pedir mais segurança no cumprimento de suas penas.

Na manhã de quinta-feira (6), logo na saída da Unidade Prisional (UP4), a famosa “Papudinha”, José Henrique, de 24 anos, presidiário em regime semiaberto, foi assassinado e um outro preso acabou ferido a tiros por criminosos que estavam em um táxi. Após perseguição policial e tiroteio com os suspeitos, um dos envolvidos morreu e outros dois foram presos pelo crime.

presos protestaram na manhã desta sexta-feira/Foto:ContilNet

Por conta disso, na noite do mesmo dia, cerca de 240 presos não retornaram à unidade para o pernoite, com medo de invasão ou outras tentativas de homicídio. Esta já é a segunda falta em duas semanas.

Os presos que estiveram na manifestação hoje pela manhã exigiam serem recebidos pela juíza Luana Campos, para pedir segurança na unidade e a liberação de tornozeleiras eletrônicas.

“Falta apenas um ano para que eu cumpra toda a minha pena, já solicitei a tornozeleira há mais de um mês e não tive resposta. Nós queremos segurança, temos medo de sair e não voltar para casa. Tenho filho ‘pra’ criar ainda, nós só estamos exigindo os nossos direitos”, disse um dos detentos.

Juíza Luana Campos/Foto:ContilNet

Em conversa com Luana Campos, a juíza informou que desde a última reunião que teve com os gestores da Segurança Pública ocorrida na semana passada, policiais militares estão fazendo a segurança da Unidade na estrada e na saída dos presidiários e que a tornozeleira é dada somente se cumprirem os requisitos.

“Nós estamos mantendo a nossa palavra de colocar segurança na entrada e na saída desses reeducandos. Policiais estão lá cumprindo seu papel de fazer a segurança, mas, quanto a tornozeleira é preciso que seja solicitada pelo preso e assim nós fazemos uma análise se o solicitante cumpre os requisitos para ganhar o benefício. Nós entendemos que essa problemática está sendo causada por eles mesmo, assim que se integram em uma facção criminosa”, disse a juíza.

Além disso, Luana Campos adiantou que os que não domiram na UP4 poderão ser punidos: “A falta deles no pernoite acarreta em falta grave e eles correm o risco de retornarem ao regime fechado. Nós vamos observar o comportamento deles esta noite, se faltarem, estaremos solicitando a regressão ao regime fechado”, finalizou a juíza.

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