19 de abril de 2024

Dalmir Ferreira e Danilo de S’Acre fazem exposição de fotografias em Rio Branco

Os artistas plásticos Dalmir Ferreira e Danilo de S’Acre realizaram nesta sexta-feira (7), no Salão de Exposições do Sesc Centro, a exposição fotográfica “Ode a Superficialidade”, crônicas visuais e a poética da dupla. A exposição fica aberta ao público até o dia 31 de julho.

Exposição intitulada “Ode à Superficialidade” integra o projeto Calenarte, criado pelo Sesc (Foto: Antônia Oliveira)

O trabalho integra o projeto Calenarte, criado pelo Sesc para difundir as artes plásticas dos artistas locais, profissionais e amadores, de exporem seus trabalhos, contribuindo para divulgação, valorização e difusão das artes plásticas no Acre.

A exposição representa, na opinião dos artistas, a continuidade de um ‘colóquio’ no campo das artes. Embora seja a primeira no campo da fotografia, não significa que eles começaram a fotografar agora. “Ao contrário, indica o quanto ficaram impedidos de compartilhar com o público os nossos exercícios, que de tantos olhares necessitam”, comentou Dalmir Ferreira.

Os artistas expuseram fotografias que capturam o cotidiano, a paisagem amazônica, o flagrante e o atípico. “Eu estou aqui para ver o belo, aquilo que me espanta e me deixa vivo”, comentou o músico João Veras, para quem as artes são imprescindíveis para a humanidade.

Os artistas expuseram trabalhos fotográficos que capturam elementos do cotidiano e da paisagem amazônica (Foto: Antônia Oliveira)

O cantor e compositor Sérgio Souto elogiou o trabalho e disse que o Acre é prodigioso em revelar artistas plásticos. “Além dessas duas feras, temos o Ivan campos, o Gesileu, o Darci Seles, entre tantos”, citou o músico acreano, destacando que os trabalhos de Dalmir e Danilo têm a cara do Acre e da Amazônia.

Os artistas

Dalmir é um ativista em diversas áreas das artes. Herdeiro do gosto do pai pela fotografia, cedo se torna amante dessa prática, exigindo um contato com os recursos da câmera e do laboratório, além de cursos, oficinas e leituras sobre a fotografia. Consolida em seus repetidos exercícios um gosto pelo ambiente fechado, de luz natural ou controlada, com preferência não exclusivista pelo preto e branco.

Danilo, um pouco mais tardio, desperta para a fotografia, mas com um olhar não menos aguçado, no qual não só é surpreendido como surpreende aos que o rodeiam, mostrando através de sua construção estética uma competência inata para o registro personalizado do mundo ao redor. A sua opção principal é pelas tomadas externas, a natureza, a cidade e as diversas possibilidades que o rodeiam.

As artes

Ambos nativos e procedentes da zona rural, chegam a Rio Branco quase ao final da década de 60, e, ainda ginasianos, assumem suas artes, antes mesmo das grandes mudanças que viram acontecer. No decorrer da década de 70, seus caminhos se cruzam em breves encontros, distanciados por viagens e mudanças que se estenderão até meados dos anos 90, quando retomam o diálogo e a militância nas artes em Rio Branco.

A postura de introversão de um e extroversão de outro, que se delineiam nessa exposição, são apenas artifícios de que se valem, para elogiar o mundo em que vivem e veem.

Com textos de Dalmir Ferreira e fotografias de Antônia Oliveira

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