Ministro da Agricultura vai aos EUA para tentar renegociar exportação de carne

Em viagem para os Estados Unidos, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, embarca neste domingo (16) para Washington em tentativa de retomar as exportações de carne para o país norte-americano.

Maggi tem um almoço de trabalho agendado para segunda-feira (17) com o secretário de Agricultura do governo de Donald Trump, Sonny Perdue. Acompanhado do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Silva, a agenda da comitiva inclui ainda, no mesmo dia pela manhã, reunião com o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, e o adido agrícola do Brasil nos Estados Unidos, Luiz Claudio de Caruso e Santana.

Já na terça-feira (18), pela manhã, o ministro irá se reunir com o Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, antes de embarcar de volta, no fim da tarde. A chegada a Brasília está prevista para quarta-feira (19), no período matutino.

Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deverá retornar ao Brasil na quarta-feira (19), pela manhã/Foto: Antonio Araujo/Ministério da Agricultura

Suspensão

A visita aos EUA acontece depois que o governo americano suspendeu, no fim de junho, todas as importações de carne frescas vinda do Brasil. O motivo foi o escândalo que envolveu diversos frigoríficos nacionais em crimes deflagrados pela operação Carne Fraca da Polícia Federal.

Com isso, as autoridades sanitárias americanas bloqueou o envio da carne bovina brasileira, por preocupações recorrentes sobre a segurança dos produtos destinados ao mercado dos EUA.

Foram 17 anos de negociações para que o Brasil conseguisse exportar carne fresca para os EUA, o que aconteceu apenas em setembro do ano passado. No total, 15 plantas frigoríficas exportavam carne in natura para o país norte-americano e acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões com esse comércio.

Vacinação contra febre aftosa

Para o ministério da Agricultura, as irregularidades retratadas pelo governo dos EUA são decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, o que causaria inflamações. A aparência fica mesmo comprometida, de acordo com as autoridades brasileiras, mas o produto não oferece nenhum risco à saúde, garante o ministério.

O Brasil exporta para os Estados Unidos a parte dianteira inteira do boi, local onde o gado recebe a vacina contra a febre aftosa. Mesmo que não esteja aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada.

Para solucionar a questão, o Ministério da Agricultura determinou que os frigoríficos brasileiros passassem a exportar para os Estados Unidos carnes in natura de cortes dianteiros apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras, o que permitiria a retirada dessas partes.

Seis entidades do agronegócio propuseram outra solução: pediram ao governo federal, nesta semana, uma mudança na composição da vacina contra febre aftosa aplicada em todo rebanho bovino. A alteração seria necessária para evitar esses abscessos. O ministério já havia anunciado que investigaria os lotes de vacinas contra febre aftosa aplicadas nos animais.

*Com informações da Agência Brasil

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