Após fuga de 16 detentos, presídio de Cruzeiro do Sul começa ampliação

Com investimento de R$ 9 milhões, o presídio Manoel Neri, localizado em Cruzeiro do Sul, deve iniciar ampliação e reforma em agosto deste ano. Segundo o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), o dinheiro integra um total de R$ 31 milhões reebidos pelo Estado do Fundo Penitenciário Nacional (FPN).

O Iapen também confirmou que novas 400 vagas devem ser abertas para suprir a demanda do presídio. O juiz de direito titular da 2ª Vara Criminal e corregedor do presídio, Hugo Torquato, garantiu que a Justiça vem acompanhando as reformas e as medidas tomadas. Há dois dias, 16 presos conseguiram quebrar as celas e fugir pelo telhado na unidade.

Unidade será preparada para receber mais 400 detentos /Foto: Reprodução

“É um prédio frágil, que não tem muro, então, é relativamente normal que a pessoa que está segregada comece a traçar planos. Precisamos pontuar também que foram os presos que quebraram os pavilhões e se colocaram em uma situação de superlotação, então prejudicaram a eles mesmos, mas compete ao Estado contornar esse problema e construir novas unidades”, disse Torquato.

Em um motim no dia 6 de junho, os pavilhões B e E ficaram deteriorados, gerando uma acomodação de quase 600 presos em dois pavilhões, sendo que alguns presos foram remanejados para os pavilhões que já haviam sido recuperados, segundo o Iapen. A situação se agravou no dia 6 de julho, quando 32 pessoas que foram pegas em uma operação no bairro Lagoa, sendo preventivamente presas e eventualmente encaminhadas para o presídio.

Dias após o motim, no início de junho, o Instituto informou que um muro seria construído para dividir as facções rivais. De acordo com o juiz Torquato, não cabe ao Poder Judiciário interferir nesse tipo de decisão dentro do sistema prisional. Além disso, a Justiça tem feito inspeções na unidade em Cruzeiro do Sul sobre a falta de medicamentos e produtos de higiene, que são denúncias recorrentes no presídio da cidade.

“Os medicamentos têm faltado com muita frequência, a ponto da família ter que levar, o que não tem sentido. Não é correto agir dessa forma. Cobramos isso deles, claro que o Poder Judiciário não é ordenador das despesas do sistema penitenciário, mas nos cabe inspecionar, fiscalizar e cobrar”, destacou.

Com informações do G1 Acre.

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Após fuga de 16 detentos, presídio de Cruzeiro do Sul começa ampliação