19 de abril de 2024

Quórum para voto de denúncia em avaliação

Para conseguir o quórum necessário para o início da votação em Plenário da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, por corrupção passiva, governo e oposição têm adotado estratégias diferentes. Marcada para a próxima quarta-feira, a sessão poderá ser aberta com a presença de 51 deputados, mas o processo de votação só poderá ter início quando 342 parlamentares estiverem presentes. O vice-líder do PMDB, deputado Carlos Marun (MS), afirmou que a responsabilidade do quórum exigido para votação é da oposição que quer o resultado.

“Se eles não comparecem, nós continuamos governando”, disse.

Carlos Marun disse que os partidos de oposição somados aos parlamentares dissidentes da base governista não chegam a 200 votos e que, caso não compareçam, ficarão desgastados perante a opinião pública porque ninguém quer o prolongamento da crise.

Segundo Marun, o governo tem certeza de que a denúncia não será aceita pela Câmara, mas mesmo assim continua trabalhando para conquistar votos de parlamentares indecisos. “O fato de estarmos dialogando é consequência da certeza que temos que o melhor para o Brasil é o governo continuar”.

Oposição 

O líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), avisou que a oposição não vai facilitar a vida do governo e não admite ser cobrada para dar o quórum na sessão.

De acordo com o líder, os deputados da oposição estarão em Brasília na quarta-feira, seja para votar a denúncia ou para não marcar a presença em Plenário. “Quem tem obrigação de dar quórum é o governo, o governo não tem os 342 e quer cobrar de nós? Não vamos entrar nesse jogo de dar quórum ou não dar quórum”, disse.

Segundo Guimarães, a oposição pode adotar estratégias diferentes a depender da situação do governo no dia da votação. “Se o governo vem, é um cenário; se não vem, é outro. Vamos ver na hora. Todo mundo está escondendo o jogo, no dia vamos ver qual o timing e analisar qual o melhor momento para nós” afirmou o líder.

José Guimarães explicou que os parlamentares têm sofrido pressão nas bases e que o governo tem perdido votos, inclusive em razão de uma possível segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República.

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