Pimenta: “Facções aterrorizam o estado e estipulam toques de recolher no interior”

Festival

Inconformados com a decisão da prefeita Marilete Vitorino (PSD) de cancelar o Festival de Praia, empresários e líderes comunitários de Tarauacá resolveram contrariar a decisão oficial e realizar o evento.

Onda de violência

O cancelamento resultou da preocupação de Marilete com a onda de violência que assola o município, a exemplo do que se tem visto em outras cidades do Estado. Foi o que alegou a prefeita.

Responsabilidade

Pelo WhatsApp, o grupo decidiu fazer o festival por conta própria. E segundo informações publicadas na imprensa, contará com o apoio do governo para garantir a segurança. Mas caso algo saia do script, quem será responsável por uma eventual tragédia?

Fim de semana

Se tudo der certo na Terra do Abacaxi Grande, o evento já começa neste final de semana.

Enquanto isso…

Em Brasileia, um adolescente de 15 anos foi flagrado pela polícia carregando material para confecção de coquetéis molotov. Ele foi apreendido quando caminhava pelo bairro 28 de Maio, na periferia da cidade.

Aspirante

Segundo o site O Alto Acre, os policiais constaram que o menor transportava garrafas, gasolina e tecido (que certamente seria usado como pavio). O material foi enviado à delegacia e o aspirante a Nero encaminhado ao Ministério Público.

Pesadelo

Eliane Sinhasique (PMDB) lamentou ontem (15) o destino da jovem Tailine da Silva Marques, de 23 anos, que ficou paraplégica após ser alvejada em um assalto, na Capital. A deputada estadual peemedebista indagou quantos jovens serão necessários para despertar no governo a noção de urgência quanto às medidas de segurança que ponham fim ao pesadelo dos acreanos.

Sinhasique cobrou mais atitude das autoridades acreanas /Foto: Assessoria

Comércio noturno

O problema da violência, aliás, que antes se restringia à Capital, já afeta o comércio noturno dos demais municípios. Depois das 21 horas, são poucas as pessoas que circulam pelas ruas dominadas pelos membros das facções criminosas.

Toque de recolher

Por esses dias, moradores da Avenida São Paulo, em Cruzeiro do Sul, foram aconselhados a se trancar em casa. A ordem fora dada pelos bandidos, que planejavam atacar a residência de dois policiais militares que moram nas imediações.

Imagem ilustrativa

Inimaginável

Esse tipo de coisa é o que se podia ver até bem pouco tempo atrás apenas pela televisão. O Acre está virando uma Rio de Janeiro – pena que sem as praias e as demais maravilhas de uma cidade internacionalmente conhecida por sua beleza.

Procissão

E por falar em Cruzeiro do Sul, o município testemunhou ontem (15) mais uma noite de fé com a realização da Procissão de Nossa Senhora da Glória. Houve um minuto de silêncio contra a violência que assusta os moradores e já ceifou dezenas de vidas só este ano.

Morto a tiros

Logo depois, por volta das 23h20, um homem foi assinado a tiros no bairro Cohab. Ele levou dois tiros de uma arma calibre 38, segundo a polícia.

Visita-surpresa

E os problemas, infelizmente, não se restringem à segurança pública. Na última segunda-feira (14), o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) fez uma visita aos hospitais de Cruzeiro do Sul e constatou inúmeras irregularidades.

Precariedade

Entre elas, a falta de servidores para operar equipamentos essenciais à prestação dos serviços e as condições físicas dos prédios onde funcionam as unidades de saúde.

Exploração da mão de obra

Falta ainda, segundo a direção do Sindmed-AC, segurança nos hospitais públicos de Cruzeiro do Sul. Além disso, a escala de plantões obrigam os médicos a fazer jornadas de até 72 horas de trabalho, quando o certo seriam de 12 horas, com intervalos.

Ponte aérea

Dos sete dias semanais, apenas três são cobertos por médicos residentes no município. Os demais têm de ser preenchidos por profissionais que se deslocam da capital para atender os pacientes no Juruá.

Temporários

Por isso o Sindmed quer garantir uma maneira de manter os médicos arregimentados pela Ansau (Associação Nossa Senhora de Nazaré), que administra o Hospital Regional do Juruá. Eles foram contratados em regime temporário, e correm o risco de demissão por determinação da justiça do trabalho.

Colapso no atendimento

De acordo com o sindicato, a demissão desses profissionais vai inviabilizar o atendimento das unidades de saúde do interior do Estado.

Segurança

Além de todos esses problemas, há ainda a questão da segurança dentro dos hospitais de Cruzeiro do Sul, onde, dias atrás, um vigilante foi assassinado por criminosos que levaram a sua arma.

Relatório

Na segunda, por exemplo, a Hospital Dermatológico estava sem um vigilante sequer. O presidente do Sindmed-AC disse à coluna que está encaminhando documentos à Secretaria de Saúde do Estado e ao Ministério Público com o relato do que foi testemunhado pela diretoria da entidade durante a visita-surpresa feita na segunda-feira.

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