Caçambeiros não aceitam acordo e entrada do Deracre permanece fechada

Caçambeiros realizam paralisação por falta de pagamento/Foto: reprodução.

Após 24h sem acordo, os caçambeiros e operadores de máquinas pesadas continuam com os equipamentos estacionados na entrada do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), na Via Verde, e da Usina no Deracre, no bairro Distrito Industrial.

Desde a manhã desta quinta-feira (17), os trabalhadores resolveram cruzar os braços como protesto contra o atraso no pagamento do governo.

Os manifestantes alegam que o governo tinha uma dívida de R$ 11 milhões referente aos anos de 2015, 2016 e agosto de 2017 com a categoria. Há quatro meses houve uma negociação e o governo garantiu pagar a dívida em parcelas no valor de R$ 800 mil. Porém, há dois meses as parcelas não são pagas e os servidores resolveram paralisar as obras como forma de reivindicação.

Segundo o diretor do Deracre, Cristovam Moura, o governo propôs negociar com a categoria apenas quando as entradas dos prédios públicos forem liberadas. Ele acrescentou que o governo deu um prazo para a categoria retirar os veículos e se reuniu com os manifestantes duas vezes ainda na quinta.

Ainda segundo Moura, o governo ameaçou cancelar os contratos com a categoria caso não haja uma flexibilidade dos caçambeiros. Ele falou também que solicitou ajuda da Polícia Militar do Acre (PMAC) na noite de quinta para que os manifestantes retirassem os veículos e que os servidores da empresa pudessem sair do local.

“Hoje de manhã [sexta,18] o governador deu um ultimato para eles. A partir de agora o governo vai acionar a Procuradoria-Geral do Estado para adotar as medidas para liberarem o prédio, e a partir daí a gente negociar de forma pacífica ou o governo vai partir para as sanções contratuais e medidas judicias cabíveis”, finalizou.

Máquinas fecham entrada do Deracre/Foto: reprodução.

O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros e Máquinas Pesadas do Acre, Júlio Farias, confirmou que recebeu uma ordem do governador para retirar os veículos das entradas dos prédios, caso contrário, os contratos devem ser cancelados e novas empresas de outros estados contratadas para continuar as obras. Farias contou ainda que agora a categoria exige o pagamento de 50% da dívida e negocia os outros 50% do valor.

“Se até a segunda feira [21] não tiver uma solução, vou mandar buscar os equipamentos e fechar as quatro pontes. Não sei se o governador está sendo mal assessorado ou se tomou só essa posição. O que sei é que não somos moleques e nem crianças. Somos pais de família, trabalhadores e vamos lutar pelos nossos direitos”, desabafou.

Com informações do G1 Acre.

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