Joana D’Arc: “Nas eleições ninguém distingue o voto LGBT, mas os excluem como convém”

A decisão liminar da Justiça Federal que habilita o tratamento terapêutico denominado “reversão sexual” segue causando polêmica em várias camadas da sociedade acreana.

Sempre presente nas linhas de frente da militância dos Direitos Humanos, a advogada Joana D’Arc expressou seu posicionamento a respeito da decisão de caráter duvidoso que dividiu as opiniões da população brasileira.

Joana está sempre presente em linhas de frente da militância dos Direitos Humanos/Foto: Reprodução/Youtube

Joana declarou que a hipocrisia que assola os três poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo) no Brasil é um mal que precisa ser urgente combatido e declarou como inadmissível o posicionamento de parlamentares, líderes religiosos e membros do Judiciário que tentam interferir na vida privada e nas fantasias, sejam elas lúdicas ou sexuais, do cidadão comum que é amparado pelas vertentes da Constituição Federal.

“Nossa cidadania e escolhas pessoais são amparadas pela lei, por isso é extremamente importante respeitar o livre arbítrio de cada um. A partir do momento em que o Estado tenta interferir nas escolhas do cidadão comum, abandona-se o bom senso e se dá lugar ao desrespeito. A partir da criação da sigla LGBT, o Estado criou uma sopa de letrinhas e é necessário amparar legalmente os direitos constitucionais dessa parcela de cidadãos e cidadãs”, disse.

A militante aproveitou para ironizar o comportamento de parlamentares ou pretensos candidatos das corriqueiras disputas eleitorais que ocorrem de dois em dois anos.

“Em época eleitoral, eu pessoalmente nunca vi nenhum político, bispas, ou líderes religiosos diferenciando o voto de um gay, lésbica ou travesti. Declara-se respeito e apoio a todos para após as eleições excluir as categorias de acordo com o que convém. Estão manipulando a dignidade humana para se promover politicamente”, pontuou D’Arc.

A advogada finalizou declarando sua opinião em relação as atitudes do poder Judiciário no Brasil e reforçando o pedido de respeito a todos os cidadãos brasileiros.

“O grande problema do Brasil são os três poderes legislando e opinando sobre temas que não são legisláveis. Tanto a psicóloga autora da ação, assim como o juiz que acatou a liminar precisam de tratamento, mas obviamente dentro de suas funções. Somos todos amparados pela lei e é necessário cessar a corrupção de pensamentos e ações no Brasil”, finalizou.

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