Homem é acusado de enforcar filha de seis meses: “Ele não tem paciência com choro”, diz mãe

A pequena Bruna Carla, de seis meses, deu entrada na UTI do Hospital do Juruá neste domingo (24) após ter sido enforcada pelo próprio pai. O caso ocorreu na comunidade São João, na BR-364, a 100 km de Cruzeiro do Sul. A mãe da criança, Ana Carla Brandão, de 18 anos, diz que o pai fez isso com a criança após ela sair pra comprar comida na manhã de sábado (23).

Ana conta que saiu por volta das 11h para comprar comida e deixou a bebê com o marido de 20 anos. Ela diz ainda que não costuma deixar a criança com ele, porque não é a primeira vez que ele maltratada e menina.

“Quando cheguei, ela estava babando dentro da rede, quase morta e a vizinha que me ajudou. Ele tentou matar ela enforcada, porque ela tava chorando e ele não tem paciência com choro. Uma vez, quase que ele cegava ela com a unha”, conta a dona de casa.

A mãe da criança, Ana Carla Brandão, de 18 anos, diz que o pai fez isso com a criança/Foto: G1

Após ver a menina babando, a dona de casa pediu ajuda a uma vizinha que conseguiu acalmar a criança. Mas, logo em seguida, Bruna começou a apresentar piora. “Ela começou a revirar os olhos e se debater. Ela estava passando mal e sangrando pelo nariz e pela boca”, relembra.

Como a comunidade fica distante de Cruzeiro do Sul e por ser humilde, a dona de casa pagou um freteiro para levá-las até um rezador – um curandeiro – na comunidade de Santa Luzia. “Chegando lá, ele disse que não era mal de criança, mas que eu precisava de um médico. Como ela não melhorou, liguei pro Samu e vim com ela hoje [domingo, 24] de manhã”, conta.

No hospital, a informação é de que o estado da menina é grave e que ela corre risco de morrer. Segundo a mãe, foram necessárias duas ambulâncias, porque a menina precisava de oxigênio e teve cinco paradas cardíacas durante o trajeto. A médica plantonista da UTI não pôde dar mais informações.

A Polícia Civil já está ciente do caso e deve ouvir a mãe da criança ainda na tarde deste domingo (24). Ana diz que o marido está foragido desde que cometeu o crime contra a criança. “Dessa vez eu vim dar queixa, porque quero que ele pague por ter tentado matar a minha filha”, finaliza.

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