O governador Tião Viana convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (16) para falar sobre o planejamento e as metas do Encontro de Governadores do Brasil que será sediado no próximo dia 27 de outubro no Acre.
De acordo com Tião, pelo menos 24 governadores confirmaram presença no encontro. Além deles o presidente da República, Michel Temer também confirmou pessoalmente ao governador do Acre a presença no evento. Embaixadores da Alemanha, Peru e Bolívia, além do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmém Lúcia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e também os ministros da Segurança, Defesa Civil e o chefe das Forças Armadas devem estar no encontro.
O governador do Acre chamou de essencial o encontro para debater a criminalidade e o narcotráfico principalmente nas fronteiras da Amazônia de toda América do Sul.
Coletiva foi concedida nesta segunda-feira/Foto: ContilNet
“O narcotráfico hoje é um negócio que rende bilhões. Só a cocaína movimentou aproximadamente R$ 5 bilhões em todo Brasil, e de maneira intributável. É necessário a criação de um plano nacional de segurança e o reforço do monitoramento das fronteiras. É preciso equipar e aumentar o contingente de homens trabalhando nessa fiscalização diariamente. É preciso acabar com o narcotráfico, esse mal que já assola o mundo há anos”, disse.
Quando questionado sobre quais soluções seriam propostas pelo Acre durante o encontro, o governador foi insistente em dizer que a palavra do momento precisa ser “união”. De acordo com ele, é o momento de unir as inteligências estaduais com a da união e repartir recursos e conhecimento para criação de uma tática de enfrentamento mais eficaz contra os narcotraficantes.
“O narcotráfico é responsável por pelo menos 60 mil mortes no Brasil só este ano e já é visto como um movimento econômico pelos criminosos. Os Estados da Amazônia Legal gastam anualmente R$ 10 bilhões em segurança pública, ou seja, R$ 2 bilhões a mais que todos os outros estados na união, e ainda assim não encontramos uma solução definitiva para combater os traficantes. É hora de sentar, debate e realinhar novas políticas de Segurança Pública para sanar esse mal. Hoje estamos pior do que a Colômbia nos tempos de Pablo Escobar”, disse Viana.
O governador foi perguntado durante a coletiva sobre quais alterações emergenciais precisam ser realmente adequadas para que os índices de criminalidade diminuam e o marcado das drogas perca forças.
“Como eu disse, criação do Sistema Nacional de Segurança, fechamento das fronteiras para o narcotráfico, aprimoramento de um Plano Nacional de Segurança Pública e investimento em material para o monitoramento das fronteiras. Nós não temos um Raio-X disponível para evitar que traficantes passem nas fronteiras com cápsulas escondidas no corpo. Sou extremamente a favor a prisão perpétua para o narcotraficante, 30 anos de prisão sem regalias e nem relaxamento, porém também sou a favor do debate sem preconceito sobre o tema. É importante que a sociedade participe do debate, a palavra final precisa passar pelo crivo social”, finalizou.
