Jovem morta ‘sem querer’ durante briga cuidava dos filhos da suspeita

Mãe e amigos da universitária Andressa Silva Gouveia, de 22 anos, que morreu ao ser atingida por um disparo acidental durante a briga de um casal de conhecidos em Mongaguá, no litoral de São Paulo, estão inconformados com a fuga da suspeita. A mulher, que efetuou o disparo contra a vítima, fugiu sem deixar pistas e até agora não foi localizada. Quando foi atingida pelo tiro, Andressa estava perto da piscina, cuidando dos filhos da atiradora.

O crime aconteceu na noite de sábado (28), enquanto sete amigos de Diadema (SP) estavam reunidos em uma casa no Balneário Vila Seabra. Eles combinaram de passar o fim de semana no litoral. Durante uma discussão com o marido, a mulher sacou uma arma e atirou acidentalmente na direção de Andressa, que foi atingida no peito.

“Ela foi passar o fim de semana com os amigos e uma briga de casal, com um único tiro, matou minha única filha. Ela era uma menina do bem, todo mundo gostava dela”, lamentou a mãe da vítima, Ana Maria Silva. Andressa estudava pedagogia, estava no último ano da faculdade e fazia estágio na área.

“Há um mês, ela pediu para voltar para a nossa cidade, na Bahia, e eu não deixei. Queria que ela terminasse o curso. E olha o que aconteceu”, desabafou Ana Maria logo após liberar o corpo da filha no Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande (SP). O velório ocorreu em Diadema, no domingo (29), e o enterro deve acontecer nesta segunda-feira (30), no Nordeste.

A madrinha da universitária, Soraya Timoteo de Andrade, quer que o casal que ocasionou a morte da jovem se apresente. “A Andressa era uma menina muito estudiosa. Era como se fosse uma princesa. E de repente a gente perde ela. Eu peço que essa pessoa [que a matou] se entregue e pague pelo que fez.”

Sara dos Santos, amiga de Andressa, conta que por pouco a atiradora não acertou os próprios filhos. “A Andressa, por cursar pedagogia, estava perto das crianças na piscina. Poderia ter sido um deles. Ela tinha ido com uma amiga para lá e conheceu esse casal na casa. É horrível tudo isso”, disse.

Andressa morreu ao ser atingida por um tiro acidental (Foto: Arquivo Pessoal)

O caso

Andressa foi socorrida e levada para o Pronto-Socorro de Mongaguá, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois. O delegado Marcos Roberto da Silva, que registrou a ocorrência, identificou a turista Zilma Rodrigues do Amaral, de 38 anos, como a suspeita de ter atirado contra a jovem.

A mulher brigava com o marido, Alexandre Antonio dos Santos, de também 38 anos, que era o dono da arma. “Ela deu um tiro em direção ao companheiro e acertou uma moça que estava sentada em uma cadeira perto da piscina. Um dos homens que estava lá foi para cima dela e tirou a arma. Ela fugiu, foi embora.”

Zilma, segundo testemunhas, saiu acompanhada do marido e dos três filhos, caminhando pela rua. “Eu ouvi todo mundo, mandei perícia no local, mas terei que apurar ainda mais. Todos eles não quiseram se envolver muito no assunto. O problema é que a arma desapareceu”, explicou o delegado.

Ele afirma que o inquérito será instaurado e que espera que Zilma se apresente na delegacia. “Senão, terei que pedir prisão temporária. Ela, quando atirou em direção ao companheiro, cometeu uma tentativa de homicídio, mas acertou uma pessoa que não tinha nada a ver com isso. Ela deve responder por homicídio doloso”, afirmou.

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Jovem morta ‘sem querer’ durante briga cuidava dos filhos da suspeita