18 de abril de 2024

Após receber críticas, secretário nacional de Justiça pede demissão do cargo

O secretário nacional de Justiça, Astério Pereira dos Santos, pediu exoneração. No posto desde março deste ano, Astério alegou motivos pessoais para deixar o cargo. Ele estava a frente de ações de repatriação de ativos desviados por acusados de corrupção, principalmente na operação Lava-Jato.

O delegado da Polícia Federal Rogério Galloro vai assumir a Secretaria Nacional de Justiça. Nome preferido do ministro Torquato Jardim para o cargo de diretor-geral da PF, Galloro perdeu a disputa depois que o presidente Michel Temer escolheu Fernando Segóvia.

SEGURANÇA SEM CONTROLE NO RIO

A saída de Astério ocorre depois de o ministro da Justiça Torquato Jardim ter declarado que não havia controle nas ações de segurança no estado. O pedido foi protocolado na noite desta quinta-feira.

Para assumir o cargo, Astério se aposentou no Ministério Público estadual, onde ingressou em 1991. Ele foi secretário de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro entre 2003 a 2006, no governo Rosinha Garotinho. Como coordenador de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro, atuou de 2007 até 2008.

Astério Pereira dos Santos pediu para deixar cargo de secretário Nacional de Justiça Foto: Agência Brasil

A secretaria trata, entre outros, de assuntos como cooperação jurídica internacional, civil e penal; recuperação de ativos; política nacional de migrações, de refugiados, de enfrentamento ao tráfico de pessoas, de classificação indicativa; e políticas públicas de modernização, aperfeiçoamento e democratização do acesso à justiça e à cidadania

Na quinta-feira da semana passada, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, revelou que trocou mensagens com Torquato Jardim. Foi a primeira vez que os dois conversaram depois de o ministro fazer acusações contra a Polícia Militar do estado, criando uma crise na área de segurança pública no momento em que forças federais e estaduais trabalham juntas no combate ao crime organizado. Em entrevista, o ministro acusou comandantes de batalhões da Polícia Militar de serem “sócios do crime organizado do Rio”.

Segundo Pezão, a mensagem de Torquato Jardim chegou depois que ele conversou com os ministros da Defesa (Raul Jungmann) e do Gabinete de Segurança Institucional (general Sérgio Etchegoyen). Os dois ministros teriam atuado como bombeiros para apagar o incêndio e acabar com o mal-estar.

 

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