Produtor denuncia descaso com mais de duas mil famílias no Assentamento Moreno Maia

Através de postagem na rede social Facebook, uma situação envolvendo o Assentamento Moreno Maia chegou à redação da ContilNet. Por meio de um vídeo, o produtor rural Radamés Assem, 33 anos de idade, mostrou a falta de trafegabilidade do local, que, além de prejudicar os moradores, ainda prejudica a venda das produções locais.

Vídeo mostrou a dificuldade de acesso do Assentamento Moreno Maia. Imagem: Reprodução

Localizado no km 7 da Estrada Transacreana, o assentamento abriga, de acordo com o produtor, mais de duas mil famílias, sendo que destas, cerca de 360 sobrevivem da produção rural.

“A estrada está horrível. Existem vários ramais ligados ao Moreno Maia, nossa situação está deplorável. A dificuldade de ir e vir nos corredores de escoamento está prejudicando nossa produção e os demais acessos. Temos sete presidentes mas nenhum se manifesta sobre o assunto – e ainda dificultam os encontros com os moradores para tratar do assunto”, disse Radamés.

Produtores locais estão preocupados com o prejuízo gerado pela falta de trafegabilidade. Foto: Reprodução

A situação também foi denunciada pelo advogado Maurício Hohenberger. No post, Maurício destaca que “é de causar revolta o isolamento do assentamento Moreno Maia, que está intrafegável, com a perda de toda produção ali corrente. (…) É preciso ter um plano contínuo de manutenção desses ramais”.

Situação também foi criticada pelo advogado na rede social Facebook. Imagem: Reprodução

A equipe da ContilNet entrou em contato com a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/AC) para saber mais sobre a situação do assentamento.

De acordo com Sara Sena (engenheira civil do Incra) e do superintendente Sebastião Silva, a situação nesse período de chuvas realmente é complicada, porém as ações de intervenção do Instituto estão atreladas aos repasses do Governo Federal – ou seja, não é possível disponibilizar auxílio em situações emergenciais sem o repasse dos convênios.

“O trabalho mais recente que fizemos foi a ponte sobre o Riozinho do Rola, que se tratou de um acesso avaliado em R$ 5 milhões. Mas, infelizmente, neste período chuvoso, combinado com o solo que é natural do Estado, fica complicado ter a mesma trafegabilidade dos outros meses nos ramais. Do mesmo convênio que originou a obra da ponte, em junho de 2017, ainda faltam ser repassados R$ 6 milhões, com aplicabilidade prevista para melhoria do acesso dos ramais por uma área de 12 quilômetros”, explicou Sara.

“Por ser um ponto de encontro de vários ramais, como o Ramal Barro Alto, se torna uma situação ainda mais complicada pois nossas ações estão ligadas ao repasse, aos convênios com o Governo Federal. Infelizmente não temos como atender essas questões emergenciais, por mais que saibamos da situação e nos sensibilizemos com o trabalho dos produtores rurais”, destacou o superintendente.

A redação da ContilNet também entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Rio Branco para mais informações, porém, até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.

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