Donos de iPhones aprovam a troca de bateria do celular, que ficou mais em conta desde o início do mês. Como parte do programa mundial de substituição do componente, a Apple Brasil passou a cobrar R$ 149 pelo procedimento em território nacional. O desconto é de R$ 300.
A espera costuma levar poucos dias e, segundo clientes ouvidos pela reportagem, resolve o problema de queda de desempenho do dispositivo. A redução proposital na velocidade do telefone resultou em uma crise de imagem e o presidente-executivo da companhia, Tim Cook, prometeu uma atualização no sistema iOS para que cada usuário decida sobre esta forma de “proteção do telefone”.
O publicitário Jorge Freire Júnior, de Sorocaba (SP), conta que conseguiu agendar a substituição em uma autorizada da Apple para o dia seguinte. “Em uma hora eu estava com a bateria do iPhone trocada”, diz. Ele diz que o componente estava totalmente desregulado, pois o aparelho desligava quando a bateria chegava a 60%. Ao reiniciar, exibia 40% e, ao colocar na tomada, rapidamente pulava para 70%.
Também proprietária de um iPhone 6, Lourdes Ramos teve de aguardar cinco dias corridos para receber o smartphone de volta. A moradora de São Paulo diz que o telefone voltou a funcionar sem queda de desempenho. O universitário Gabriel Ramos, filho de Lourdes, alerta que a espera pode ultrapassar 15 dias em alguns centros de reparo.
Em resposta ao TechTudo, o escritório da Apple explica que tanto as lojas próprias quanto as assistências técnicas autorizadas praticam o mesmo valor. Ele permanece em vigor até o fim do ano.
A lista de modelos elegíveis cresceu desde que a fabricante reconheceu o problema pela primeira vez. Praticamente todos os telefones lançados pela Apple a partir de 2013 contam com o preço mais baixo:
iPhone 5C (exclusividade do Brasil)
iPhone 6
iPhone 6 Plus
iPhone SE
iPhone 6S
iPhone 6S Plus
iPhone 7
iPhone 7 Plus
iPhone 8
iPhone 8 Plus
iPhone X
O site oficial ressalta que o serviço de bateria, quando fora da garantia e ao valor de R$ 149, “pode estar limitado a um reparo por iPhone”. Os iPads, tablets da marca, não receberam a atualização de sistema que instituiu a diminuição de velocidade.
Smartphones que chegaram ao mercado em 2017 também figuram na lista elaborada pela Apple. A companhia esclarece ao TechTudo que, apesar disso, os modelos do ano passado ainda “não possuem tempo suficiente para desgaste da bateria”. Usuários que perceberem queda de performance até dezembro poderão tirar proveito do programa mundial.
A Apple Brasil explica que é realizado um diagnóstico eletrônico em todos os iPhones de consumidores que buscam o serviço de troca de bateria “para que o cliente possa entender se a substituição da bateria é necessária e se poderá trazer uma diferença à performance do aparelho”.
A crise das baterias fez com que consumidores de pelo menos três países questionassem a fabricante nos tribunais. Eles reclamam da chamada obsolescência programada, quando uma companhia reduz a vida útil de um produto para incentivar a compra de novos equipamentos.
Na carta endereçada aos fãs, a Apple disse que tomou a decisão de reduzir o poder de processamento de telefones com bateria desgastada para evitar situações mais graves, como o reinício repentino do iPhone. A companhia pediu desculpas e prometeu transparência sobre o caso.
