Com mais de mil casos, Rio Branco vive novo surto de conjuntivite; saiba como prevenir

Caracterizada pela inflamação da membrana ocular chamada “conjuntiva”, a conjuntivite é uma doença que, em um primeiro momento, é considerada simples. Mas como todo problema de saúde, deve ser levado a sério, pois de acordo com orientações de oftalmologistas, alguns casos podem levar até à perda parcial ou total da visão.

O QUE É?

A conjuntivite, que nada mais é do que a inflamação da membrana citada anteriormente. Os sintomas mais comuns são olhos vermelhos, lacrimejamento e visão embaçada. Geralmente pode ser classificada em três tipos:

Inflamação pode levar à perda da visão se não for tratada. Imagem: Reprodução

1 – Alérgica: Forma benigna (pois não envolve a córnea). Ocorre em pessoas predispostas a alergias (como rinite ou bronquite) e geralmente ocorre nos dois olhos. Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa, sendo que pode começar em um olho e depois se apresentar no outro. Pode ter períodos de melhoras e reincidências, sendo importante a descoberta da causa da conjuntivite alérgica;

2 – Viral: Se não tratada, pode evoluir para um quadro mais grave, sendo altamente contagiosa e causando fotofobia (aversão à luz). O tratamento mais comum é o uso de corticoides, mas é possível optar por colírios associados com antibióticos, dependendo do risco de uma infecção secundária;

3 – Bacteriana: se caracteriza por ser purulenta, ou seja, a secreção (ao contrário de esbranquiçada) é mais amarelada e abundante. Os olhos ficam bem vermelhos e a transmissão se dá pelo contato manual e contaminação de objetos. Se não tratada corretamente, com uso de colírios antibióticos específicos, a conjuntivite bacteriana pode evoluir para uma úlcera de córnea e até para a perda da visão.

RECOMENDAÇÕES

Para evitar possíveis transtornos oculares, basta seguir o mais básico cuidado: lavar sempre as mãos, pois não é raro esquecer de lavar as mãos antes de tocar nos olhos. “Se for aquele ponto exato que a pessoa está com a mão contaminada e entra em contato com os olhos, é quase certo o surgimento da inflamação”, disse o oftalmologista Mário Carvalho.

Outras ações preventivas incluem evitar o compartilhamento de objetos pessoais (toalhas, maquiagem e outros), usar óculos de mergulho em piscinas ou outros espaços aquáticos, e evitar piscinas sem cloro.

Recomendação básica é a de sempre lavar as mãos antes de contato ocular. Imagem: Reprodução

QUASE MIL CASOS

Aparentemente simples, a conjuntivite deve ser tratada como qualquer outra infecção, ou seja, uma unidade de saúde pode recomendar o melhor tratamento. De acordo com Socorro Martins, diretora de Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, só em Rio Branco, no ano de 2017, foram registrados 3.564 casos da inflamação entre os cidadãos riobranquenses.

A situação em 2018, entretanto, alarma as unidades de saúde. Segundo a diretora, até o dia 26 de janeiro, cerca de 848 casos já foram registrados – quase mil em apenas um mês. Ou seja, se a tendência de casos continuar, o número de pessoas com a inflamação atingirá o valor total de 2017 em menos de seis meses.

“Reforçamos que as pessoas não ignorem a conjuntivite, pois ela pode ser tratada simplesmente desde que os remédios sejam ministrados o quanto antes”, destacou Socorro.

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