20 de abril de 2024

Em três meses, Secretaria de Comunicação gasta 45% mais que Polícia Militar

Em plena crise na segurança pública, o governo do PT continua a priorizar a propaganda, em detrimento das ações de combate à violência – pelo menos no que diz respeito ao suporte dado à Polícia Militar. Só nos primeiros três meses deste ano, os gastos com a comunicação estatal superam em 45,19% as despesas com os policiais militares – principais agentes do Estado em atuação na frente de batalha contra o crime organizado.

Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa no Portal da Transparência do governo do Estado, comparando-se as despesas de janeiro a março deste ano feitas tanto pela Secom como pela PM. Não foram levados em conta as fontes dos recursos e nem a natureza dos gastos, apenas o total de gastos declarado por ambas as instituições.

Nesses três primeiros meses, a despesa da Polícia Militar totalizam R$ 1.811.403,28, contra R$ 2.495.330,17 gastos pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom). Uma diferença superior a R$ 680 mil em favor desta última.
Do montante que saiu dos cofres da Secom, mais de R$ 2,1 milhões foram destinados à Companhia de Selva. A empresa de publicidade, além de encarregada do marketing governamental, é conhecida por elaborar os programas do PT durante as campanhas eleitorais.

A exemplo de 2017, orçamento da PM é inferior ao montante gasto com a mídia oficial/Foto: reprodução

Desigualdade orçamentária

Não obstante a crise na segurança pública, que colocou o Acre entre os primeiros colocados no ranking da violência no país, a Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, aprovada no final de 2017 pelos deputados estaduais, prevê repasses de R$ 7,9 milhões para a Polícia Militar e R$ 13,5 milhões para a Secom.

A decisão contraria as frequentes queixas do governador Tião Viana contra o Governo Federal, que, segundo ele, por não destinar recursos para a segurança pública do Acre, seria o responsável pelos altos índices de criminalidade no Estado.

Contatada por meio do aplicativo WhatsApp, a secretária de Comunicação do governo, Andréa Zílio, primeiro questionou os ‘critérios’ da reportagem, alegando que tanto a Secom como a Segurança Pública têm fontes de despesas diferentes.

Informada de que a matéria se restringia aos gastos da Polícia Militar, e não ao conjunto das instituições que compõem o sistema público de segurança, Zílio se recusou a falar sobre o assunto.

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