19 de abril de 2024

Bandidos que atiraram contra a cabeça do filho de ex-prefeita de Sena são condenados

Três acusados na prática de uma tentativa de latrocínio, ocorrida em julho do ano passado, foram condenados pela justiça de Sena Madureira. O caso teve como vítima Tássio José Oliveira de Farias, filho de Toinha Vieira, ex-prefeita do município.

O Ministério Público em Sena, por meio do promotor de justiça da vara criminal, Júlio César de Medeiros, ofereceu denúncia em desfavor de Márcio de Souza Correira, Elias dos Santos Vieira e Rosinete Veiga da Silva. Com base nas provas, o juiz Fábio Farias julgou procedente a denúncia que culminou na condenação dos réus.

Márcio de Souza Correia foi condenado a 17 anos e 50 dias-multa; Elias dos Santos Vieira recebeu uma pena de 15 anos e 10 dias de prisão; Já a acusada Rosinete Veiga da Silva foi condenada a 17 anos de reclusão e 50 dias-multa. Além de responder por tentativa de Latrocínio, o trio também foi punido pelo crime de corrupção de menores.

O promotor de justiça Júlio César de Medeiros atuou durante a instrução criminal e fez as alegações finais pedindo a condenação dos réus envolvidos no chamado “Golpe da Hilux”, garantindo mais uma resposta rápida e firme da justiça.

RELEMBRANDO O CASO

De acordo com o apurado nas investigações, a tentativa de Latrocínio envolvendo Tássio José Oliveira de Farias, ocorreu no dia 05 de julho de 2017, por volta das 02h20, na Avenida Guanabara, Bairro do Bosque, em Sena Madureira. os dois homens e a mulher, na companhia de menores de idade, subtraíram a caminhonete, de placa NAG 4325, dirigida naquela madrugada por Tássio Farias. Além disso, utilizando um revólver calibre 38, os acusados efetuaram um tiro na cabeça de Tássio, não o matando por circunstâncias alheias às suas vontades.

Consta ainda que duas mulheres, dentre as quais Rosinete Veiga, teriam atraído a vítima, fazendo com que o ele parasse a caminhonete na lateral da rua, momento em que os criminosos se aproximaram e tomaram de conta da situação.

Uma das testemunhas relatou em juízo que Tássio Farias, após ser dominado, ficou no banco de trás do veículo com o revólver na nuca. No trajeto, eles efetuaram um disparo na cabeça dele. Ferido, Tássio se fingiu de morto. Alguns dos criminosos queriam jogá-lo dentro do rio, outros acharam melhor leva-lo para a estrada do Bairro Segundo Distrito, onde ele foi encontrado na manhã seguinte.

O acusado Márcio de Souza Correira confessou em seu interrogatório que iria receber o valor de 1.500 reais para levar a caminhonete até a cidade de Plácido de Castro, de onde posteriormente seria transferida para a Bolívia.

Na sentença, o juiz Fábio Farias destacou também:

“No mais, muito embora os réus tenham apresentado depoimentos contraditórios, vê-se que não há qualquer dúvida a cerca dos fatos e sua autoria, até porque percebe-se com clarividência que Elias, Márcio e Rosinete, após anunciarem o assalto, acabaram por alvejar a vítima com um disparo de arma de fogo e, em seguida, imitaram-se na posse da caminhonete da vítima.

Além disso, ficou patente nos autos que Elias, Márcio e Rosinete, imaginando que a vítima estava morta, a abandonaram no ramal que dá acesso ao Bairro Segundo Distrito; Porém, a vítima ainda estava consciente e acionou o aparato policial.

Some-se a isso que o réu Márcio foi preso em flagrante delito na posse direta da caminhonete, tendo naquela ocasião indicado os demais envolvidos”.

O juiz Fábio Farias estipulou que as penas sejam cumpridas, inicialmente, em regime fechado, negando aos acusados o direito de recorrer da sentença em liberdade.

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