A Coreia do Norte proibiu, há três anos, que qualquer pessoa se chame Kim Jong-un, um nome relativamente comum no país, para destacar a personalidade única do “líder supremo”, revelou nesta quarta-feira (3) a agência de notícias sul-coreana “Yonhap”.
O regime totalitário, caracterizado pelo extremo culto à personalidade dos líderes da dinastia Kim, exigiu que todos os cidadãos que se chamam “Kim Jong-un” mudem de nome “voluntariamente”, segundo um decreto oficial emitido há três anos e divulgado nesta quarta pela “Yonhap”.
Tal determinação data de 2011, antes da morte de Kim Jong-il, quando já estava determinado que o jovem Jong-un (nascido em 1983) seria o sucessor de seu pai, o ‘querido líder’, no comando da Coreia do Norte.
O governo também proibiu que os pais registrassem seus filhos recém-nascidos com o nome Jong-un, inclusive se o sobrenome não é Kim, segundo a agência sul-coreana.
Há décadas, os norte-coreanos também não podem se chamar “Kim Jong-il” e “Kim Il-Sung”, este último fundador do país e avô do atual líder.
O sobrenome Kim é o mais comum entre os coreanos, com mais de 20%, tanto em cidadãos do Norte como do Sul.
Além disso, o nome Jong-un é relativamente frequente, tanto para homens como para mulheres, nas duas Coreias e foi especialmente popular entre os nascidos em meados da década de 1980.
Com isso, estima-se que vários norte-coreanos tiveram que mudar de nome depois que o decreto entrou em vigor há três anos.
Curiosamente, na Coreia do Sul, o nome Jong-un é mais frequente em mulheres do que em homens.