Enquanto crescia em Rio Branco, cidadezinha, há muitos anos, era apenas uma camiseta para a arquiteta Marselha Salomão (Foto 1). Era algo que ela vestia para ir à praia ou andar de cavalo na fazenda de seu pai, Francisco Salomão – e pronto.
Foi apenas quando se mudou para Brasília, há mais de cinco anos, que Marselha começou a pensar diferente: ela entendeu que a peça mais usada do planeta era também uma ferramenta eficaz para comunicar de forma direta o estilo de uma pessoa.
“Via Patti Smith em fotos usando camisetas com blazer, e achava tudo muito chique.” A atitude rocker-chic de Smith em relação à t-shirt (seus modelos podrinhos de algodão nunca encontraram uma jaqueta Ann Demeulemeester de que não gostassem) parece eternamente correta, mas a volta do minimalismo, com toda sua glória frugal e enxuta, significa que a camiseta está limpando sua barra e adquirindo uma personalidade inteiramente nova, menos ligada ao rock, mais elegante e adulta.
Chega de combinar com biker jackets e leggings: a t-shirt de 2012 vai bem com jaqueta de couro branco imaculado, shorts drapeados, um brilho prateado vindo de um bracelete esculpido (e não uma confusão de tachas lampejando sombriamente no pulso).
E qual a t-shirt da vez? Patrick Robinson criou uma linha para a campanha da Gap, com modelos inspirados nos arquétipos das fashionistas americanas retratadas na mostra American Woman: Fashioning a National Identity, que ficou em cartaz no Metropolitan Museum de Nova York até 15 de agosto.
Tem a heiress (com silhueta de ampulheta); a flapper (com muitos babados); e a screen siren, usada por Bruna Bacelar e Igara Formighieri nas fotos (fotos 2 e 3). Alguma delas vai combinar com você!!
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